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Farmácias registram alta na busca por testes Covid

Crescimento de casos faz com que drogarias contabilizem aumento na procura por exames, medicamentos e máscaras

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
16/01/2022 | 04:19
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DGABC


Os aumentos nos números de casos de Covid-19 e Influenza desde dezembro, impulsionados pelas variantes ômicron do novo coronavírus e H3N2 da gripe, vêm trazendo reflexos não apenas em hospitais e postos de saúde, como também em farmácias, que têm registrado filas, falta de testes e buscado alternativas para dar conta do crescimento no interesse pela realização da coleta para identificação da presença ou não dos vírus. Na semana passada, nos dias 10 e 11, segundo dados da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), o País registrou recordes diários de testagem, com aproximadamente 75 mil exames realizados em cada dia, com taxa de positividade de 36,63%. Tal cenário também foi percebido no Grande ABC, onde drogarias e afins também se depararam com alta na demanda.

Com 50 unidades na região e 22 realizando testes da Covid (em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá), a Drogaria da Coop revelou alguns números que comprovam a situação. “Tivemos um aumento considerável no número de realizações de teste de Covid nos últimos meses. Para ter uma ideia, a gente teve um aumento de 150% em dezembro em relação a novembro. E nos dez primeiros dias de janeiro já fizemos a mesma quantidade de testes do mês de dezembro. A gente está fazendo em torno de 300 por dia. É a nossa capacidade máxima”, explicou Caetano Sampaio, coordenador comercial da Drogaria da Coop. 

Por ora, a rede ainda não teve problema com falta de exames para oferecer. “A gente tem uma quantidade de testes razoável para atender os próximos dias. Estamos buscando várias alternativas de compra do teste, prospectando novos fornecedores em tempo integral, fazendo avaliação e a validação dos testes que a gente encontra no mercado.” 

E não apenas os testes vêm gerando aumento na procura, como também medicamentos e itens de prevenção. “Outras categorias também tiveram um grande crescimento de vendas, principalmente de antigripais, com alta de mais de 60%. Categorias como máscara e álcool gel têm picos de venda muito próximo de março de 2020. Então, a gente está vendo essa correlação com o início da pandemia, em março de 2020, com esses dez, 12 primeiros dias de janeiro de 2022”, emendou Caetano.

Outros dois grandes grupos presentes à região, a Drogaria São Paulo e a rede RaiaDrogasil vêm enfrentando problemas com a procura. A primeira, por exemplo, tem pouca disponibilidade para agendamento de testes, enquanto a segunda suspendeu as marcações virtuais ou presenciais. “Nos últimos dias, a demanda por testes de Covid-19 cresceu consideravelmente e há falta de testes no mercado como um todo. A RaiaDrogasil está atuando na reposição dos estoques para o abastecimento de suas lojas o mais breve possível”, disse, em nota, a rede RaiaDrogasil.

Preços

O crescimento na demanda fez com que fossem registrados aumentos também nos preços dos testes de Covid. Segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, houve casos de 50% de acréscimo no valor dos exames, o que gerou revolta do governador João Doria (PSDB). “Após receber relatos sobre preços abusivos de testes de Covid-19 em farmácias e laboratórios, determinei que o Procon inicie imediatamente uma força-tarefa para fiscalização em todo o Estado. Não vamos tolerar manipulação inescrupulosa da angústia da população na pandemia.”

A Drogaria da Coop, entretanto, foi na contramão dessa prática: diminuiu em R$ 5 o valor. “A gente não aumentou o preço. Pelo contrário. Estávamos trabalhando com o preço de R$ 89,90 e reduzimos para R$ 84,90 para dar acesso à população. A gente também fez uma ação interna de endomarketing, dando 15% de desconto para o nosso colaborador realizar o teste nas nossas drogarias”, comentou Caetano Sampaio.




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