O mês de outubro foi o melhor para o Estado de São Paulo em doações de órgãos.

Levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde registrou 47 doadores viáveis (que tiveram pelo menos um órgão aproveitado para transplante), contra uma média de 35 doadores dos meses anteriores.

Apesar de não ter relação comprovada, o impacto do caso da morte da adolescente Eloa Silva, após seqüestro em Santo André, foi considerado por muitos médicos um alavancador do aumento de doações no último mês.

O índice de famílias que autorizaram a doação aumentou de 50% para 62,2%. "As doações quase sempre são por mortes violentas, infelizmente. As pessoas precisam se conscientizar de que é importante doar os órgãos das pessoas que já estão com morte encefálica para salvar outras vidas", salientou o cirurgião da Beneficência Portuguesa de São Paulo, José Francisco Baumgratz.

MORTE ENCEFÁLICA
Os hospitais do Estado também têm notificado mais casos neste ano de pacientes que têm diagnóstico de morte encefálica e que são potenciais doadores de órgãos.

De janeiro a agosto foram registrados cerca de 1.500 possíveis doadores, o melhor número em 10 anos.

No mesmo período do ano passado foram registrados cerca de 1.200 doadores.

São Paulo é o Estado responsável por 50% dos transplantes de todo o País.

CORAÇÃO
Só em outubro deste ano, quase dobrou o número de corações transplantados em comparação ao mesmo mês do ano passado: nove neste ano contra cinco do ano passado. Os transplantes de rins passaram de 50 em 2007 para 84 neste ano.