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Moradores pedem muro de contenção no Montanhão

Escorregamento de terra causou interdição parcial de imóvel e trouxe medo à vizinhança

Flávia Fernandes
especial para o Diário
23/03/2019 | 07:00
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Moradoras do bairro Montanhão, em São Bernardo, estão com medo de desabamento e reivindicam a construção de muro de contenção em terreno elevado atrás da residência onde moram. Devido à escorregamento de terra na noite de 10 de março e madrugada do dia 11 – que provocou enchentes e dez mortes na região –, parte do alicerce na parte de trás da casa das duas cedeu e o quintal do imóvel precisou ser interditado pela Defesa Civil.

O deslizamento foi observado no morro da Rua Mário Depolli, que fica nos fundos da casa da aposentada Mercedes Aparecida dos Reis, 63 anos, e sua filha, a analista financeira, Débora dos Reis, 32, moradoras da Rua Joaquim Manoel de Macedo. “Eles (Defesa Civil) pediram para não deixar nem o cachorro lá”, relata Mercedes. A área está com rachaduras nas paredes e desníveis no chão.

As moradoras afirmam que os profissionais da Defesa Civil já haviam ido ao local no dia 22 de fevereiro e informado para elas que a área apresentava necessidade de muro de arrimo e que iriam encaminhar a solicitação. “Em dias de chuva, estamos com medo de ficar aqui. A gente não sabe se pode cair só o muro do quintal ou a casa toda”, explica Débora. “A terra está descendo, não nos sentimos seguras”, conta Mercedes.

No dia 15 de março, Mercedes foi até a Prefeitura de São Bernardo e protocolou o pedido de muro de contenção no terreno atrás da casa. “Entregamos fotos e fizemos a solicitação. Nos disseram que iam passar para o prefeito, mas não nos deram previsão de quando irão fazer”, relata.

A vizinha ao lado de Mercedes e Débora, a autônoma Graça Dionísia de Sá, 34, também está na mesma situação. “São quatro casas aqui da rua que está com o barranco desmoronando. A Defesa Civil já veio aqui algumas vezes e o que passam pra gente é que as casas não apresentam perigo, apenas os quintais do fundo. Mesmo assim, estamos com medo”, conta.

Em nota, a Prefeitura de São Bernardo afirma que o local permanece em constante monitoramento. “Como a chuva ainda não cessou, o momento é de acatar a decisão dos técnicos de aguardar até que o solo se estabilize, para que outras providências sejam tomadas”, explica. 




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