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‘Diário nos Bairros’ acaba neste domingo
Vanessa Selicani
Especial para o Diário
28/11/2007 | 07:22
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Santo André e Rio Grande da Serra prometem fechar com chaves douradas as edições do Diário do Grande ABC nos Bairros. Pela última vez em 2007, o Diário, em parceira com as prefeituras e o patrocínio da Universidade Metodista, leva uma série de atividades gratuitas à população.

Os bairros Cata Preta, em Santo André, e Santa Tereza, em Rio Grande da Serra, que receberão a ação, têm em comum um esporte radical bastante apreciado pelo público jovem da região: o skate. O Cesa (Centro Educacional de Santo André) Cata Preta precisou transformar a piscina construída na inauguração, em 2005, em uma pista de skate.

“Cerca de 60 mil pessoas queriam usar a piscina. Para não criar confusão, a transformamos em uma pista de skate”, explicou a coordenadora do Cesa Cata Preta, Cláudia Girio Vicenti.

Em Rio Grande da Serra, a presença de skatistas também é marcante. A pista construída no Centro da cidade se transformou na principal diversão dos jovens no bairro Santa Tereza. “Quando era adolescente, não tinha onde brincar. Agora meus filhos passam as tardes lá, andando de skate”, contou Mirtes Ferreira da Penha, 44 anos.

Tranqüilidade - Antes de se tornarem pontos de encontro de esportistas radicais, os bairros eram locais tranqüilos, onde as principais diversões eram ir à igreja ou nadar na represa.

“Tenho saudades daquele tempo em que todo mundo se conhecia e eu ia nos bailinhos organizados pelo pessoal da igreja”, relembra a aposentada Neusa Stéfano Mori, 56 anos, moradora há 50 anos do Cata Preta.

Neusa é freqüentadora assídua do Cesa. Todos os dias faz uma atividade diferente. “Minha predileta é a ginástica chinesa, mas faço de dança do ventre a caminhadas”, ressaltou. A aposentada mudou-se para o bairro com a família na década de 1950, vinda do Paraná, quando até feijão precisava pedir emprestado.

Já Mirtes recorria à Represa Billings nos fins de semana para se divertir. “Hoje não tenho mais coragem de ir lá. Mas a molecada ainda freqüenta”, disse.

Os homens mais velhos também lotam o local, principalmente para pescar e jogar bola. “Não adianta: daquela água não sai mais peixe algum”, ressaltou Mirtes. (Supervisão de Heloísa Cestari)



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