Um grupo formado por pais, profissionais da educação, da saúde e cidadãos em geral de São Bernardo criou o movimento Escolas Abertas e está organizando para esta terça-feira (23), a partir das 19h, no Paço Municipal, um buzinaço contra a decisão da Prefeitura de manter as escolas fechadas.

O objetivo principal do grupo é reivindicar que o município se adeque ao Plano São Paulo do governo estadual e que atualmente prevê que as escolas se mantenham abertas ainda que as regiões estejam classificadas na fase vermelha, a mais rigorosa do plano. "No início da pandemia existia a ideia equivocada de que as crianças seriam vetores da doença, então as escolas foram as primeiras a fechar, mas com o passar do tempo e a reabertura das várias escolas em países europeus se percebeu que as instituições educacionais não são foco de transmissão, tanto que o governo Doria (governador de São Paulo) revisou o Plano SP e o secretário de Educação determinou que mesmo na fase vermelha as escolas não fechariam por completo. Em São Bernardo as escolas fecharam em 16 de março de 2020 e agora a previsão de volta as aulas remotamente é dia 15, ou seja, um ano sem aula. A gente acha que a educação está pagando a conta por algo que não tem nada a ver com ela", explicou Guilherme Cavalcanti, um dos organizadores do grupo, advogado e pai.

Entenda - A Prefeitura de São Bernardo anunciou ontem a suspensão do retorno das aulas presenciais das escolas municipais e estaduais do município previstas para 1º de março e cancelou a autorização para que as escolas particulares, que reabriram na semana passada, voltassem a ficar fechadas a partir do dia 1º. A justificativa da administração foi o aumento na ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na cidade, que atingiu 87%.