A comissária de bordo Deise Aparecida Monteiro dos Santos, 32 anos, de Santo André, pediu para que sua conta de celular da TIM fosse cobrada no débito da conta bancária. Dois meses depois, descobriu que nenhuma fatura havia sido descontada.

Prestes a ter a linha bloqueada, a empresa obrigou a consumidora a pagar os juros das contas atrasadas.

“Liguei várias vezes para confirmar que a cobrança seria feita em minha conta e eles sempre afirmaram que estava tudo certo. Não é justo que eu pague por esse equívoco”, justifica Deise.

Ela comprou o celular em maio e recebeu o primeiro boleto em junho, com a informação que seria descontado em débito. Em julho, quando já vencia a segunda parcela, recebeu um novo boleto dizendo que não havia pago as outras contas e que, por isso, sua linha poderia ser bloqueada.

A partir daí, Deise tentou parcelar as contas, mas a TIM só permitiu a divisão com a cobrança de multa. Por orientação do Procon, ela pagou as dívidas, mas sem os juros. Agora, aguarda uma reunião entre a entidade e a empresa para que não seja obrigada a pagá-los.

O Procon-SP orienta os consumidores a ficarem atentos com débitos em conta. No contrato é estabelecida a data em que será feita a cobrança. Se ela não foi efetuada, é preciso entrar em contato com a empresa para evitar problemas. No caso de Deise, ela pode comprovar com os boletos – em que está descrito o débito em conta – o erro da empresa. E exigir que os juros não sejam cobrados.

A TIM informou que já modificou a forma de cobrança do celular da comissária, mas que não pode resolver o problema com os juros porque o caso já está no Procon.
(Supervisão de Adriana Ferraz)