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Condomínio onde Avamileno mora fica sem luz
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
19/10/2005 | 08:23
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A rotina dos cerca de 2 mil moradores do condomínio Parc de France, localizado no Jardim Stella, em Santo André, foi alterada durante todo o dia de terça-feira. Por falta de pagamento de uma conta da Eletropaulo, toda a energia elétrica da área comum do prédio foi cortada. Quem precisou descer ou subir dos apartamentos teve de utilizar as escadas porque os elevadores estavam parados. O prefeito de Santo André, João Avamileno, que mora em um dos apartamentos do condomínio saiu cedo de casa e, quando voltou, a situação já havia sido resolvida. O Parc de France possui seis torres com 76 apartamentos cada e das 10h30 às 16h o prédio ficou sem energia em toda a área comum.

A administradora de empresas Eliane Mazaia, 33 anos, estava inconformada com a situação que o prédio se encontrava na tarde de terça-feira. Ela teve de subir 19 andares a pé com a filha no colo. "É uma palhaçada. Desde cedo que estamos sem energia no prédio. Não é fácil subir todas essas escadas com 15 kg no colo. Não sei como vou chegar em casa", disse.

Outra moradora que estava revoltada com a falta de energia no condomínio era a vendedora Ana Maria Falcão, 30 anos. Por volta das 15h, ela desceu do 17º andar, onde mora, até o subsolo do prédio com sua filha. "Ela tem consulta médica e vamos chegar atrasadas. Minhas pernas estão até tremendo por ter descido as escadas", disse.

Sem energia, os dois portões eletrônicos da garagem ficaram abertos e a Radar, que faz segurança no condomínio, dobrou o número de homens – de três para seis.

O síndico interino do condomínio, o empresário Alexandre Zavataro, 39 anos, afirmou que o ex-síndico não havia pago uma das contas da Eletropaulo. "Faz tempo que o Carlo (ex-síndico) não estava fazendo uma boa administração. Como tenho acesso às contas do prédio por ser subsíndico de uma das torres, percebi que a conta do mês de setembro não havia sido paga. Hoje (terça-feira) aconteceu isso. É constrangedor passar pela situação que todos os condôminos passaram", disse.

De acordo com Zavataro, o total do débito que o condomínio tinha com a Eletropaulo era de R$ 10 mil. "Esse valor é dividido em sete contas. Cada torre tem a sua e existe uma geral. Hoje (terça-feira) mesmo a conta foi paga", disse.

O ex-síndico Carlo Delphino Villar admitiu que o débito com a Eletropaulo era da época de sua administração. "Faz meses que não sou mais síndico. Não sei o que aconteceu com essa conta. Não tenho mais acesso às pastas do condomínio", alegou. Zavataro, síndico interino, desmente que Villar está afastado da administração há meses. "Faz dez dias que ele renunciou porque o conselho fiscal do prédio o obrigou a fazer isso."

De acordo com a Eletropaulo, quando há inadimplência com a empresa o cliente recebe um aviso. A partir do momento que é comunicado, tem 15 dias para saldar a dívida. Caso isso não ocorra, a energia elétrica é cortada sem aviso prévio. Foi o que aconteceu com o condomínio Parc de France. A conta do mês de setembro não havia sido paga. A partir do momento que a dívida é quitada, a Eletropaulo religa a energia em quatro horas. Terça-feira, por volta das 16h, o problema do condomínio já havia sido resolvido.




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