Até amanhã, o Centro Universitário da FEI (Avenida Humberto Alencar Castelo Branco 3.972, bairro Assunção), em São Bernardo será palco para que formandos apresentem ideias criativas e que tragam benefício para a sociedade em que vivem. Denominada Expo FEI, o evento reúne 50 trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Engenharia, Administração e Ciência da Computação.

Um dos projetos apresentados possibilita o monitoramento remoto de pessoas, em especial idosos. Trata-se de uma pulseira com detector de queda, GPS e botão de pânico (que pode ser usado para pedir socorro em casos de emergência), desenvolvida por estudantes do curso de Engenharia Elétrica. “Em caso de alteração, a pulseira encaminha mensagem de texto para o número de celular cadastrado, informando o problema”, explica o aluno Eduardo Nattolini, 23 anos. A estimativa é que o produto custe R$ 1.500.

Na área de Engenharia Mecânica Automobilística, os alunos pensaram em forma de melhorar o desempenho das viaturas utilizadas pela Polícia Militar. Além de ser mais confortável e possuir sistema que permite desatar mais rápido o cinto de segurança, o carro é mais veloz, tem suspensão projetada para uso extremo e motor mais potente, com economia de combustível. Outro benefício é que os componentes podem ser reciclados para a fabricação de outras viaturas. Conforme explica o estudante Henrique Bolgheroni, 22, o veículo adaptado custaria cerca de R$ 130 mil. “Pode parecer caro, mas se levados em conta os avanços e a durabilidade do veículo, se justifica”, observa.

Outro projeto de destaque é o simulador de direção em 4D para a formação de condutores. O protótipo atende portaria do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), que tornou obrigatório o uso desses equipamentos em autoescolas a partir do próximo ano e reproduz o comportamento dinâmico de um veículo. “O principal diferencial é que temos plataforma móvel e, dessa forma, o veículo recebe influência da velocidade e fica mais próximo da realidade”, destaca o aluno Sérgio Henrique dos Santos, 23, do curso de Engenharia Mecânica. O estudante explica ainda que, apesar de ter custo maior do que o de um veículo convencional – R$ 53 mil –, o equipamento tem durabilidade maior e despesa menor com manutenção.