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Mortes na fila por leitos chegam a 68

Mais nove casos foram reportados nas últimas 24 horas em cinco municípios da região

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
25/03/2021 | 00:36
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DGABC


Com mais nove óbitos reportados nas últimas 24 horas, o Grande ABC já registra, desde o dia 9 de março, 68 mortes de pacientes que aguardavam por leitos de internação por meio da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), ligada ao governo do Estado de São Paulo.

Ontem, Ribeirão Pires informou a ocorrência de mais três óbitos, chegando à 26 vítimas fatais. As pessoas que morreram, um homem de 52 anos e duas mulheres de 64 e 82, estavam internados no hospital de campanha da cidade, que ontem tinha 71% dos leitos de enfermaria e 88% dos leitos de emergência ocupados.

São Bernardo informou que mais três pacientes idosos e com comorbidades, que estava no processo de transferência para leitos da Cross, também vieram a óbito. A cidade, que tem 85% dos leitos de enfermaria e 98% das vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupadas, já registrou 22 mortes nestas condições.

Diadema registrou mais um óbito de paciente que aguardava por um leito de enfermaria, chegando a nove casos de mortes de pessoas que esperavam por internação. O município tem 98% da enfermaria e 100% da UTI ocupados. Mauá também reportou mais um caso e agora totaliza seis óbitos. A cidade tem 89% de ocupação na enfermaria e 80% na UTI. São Caetano informou que um homem de 49 anos, que aguardava na fila e era morador de São Paulo, faleceu. É a segunda morte nessas circunstâncias no município, que tem 94% da enfermaria e 92,5% da UTI ocupados. Rio Grande da Serra, que já reportou três casos, não respondeu até o fechamento desta edição. Santo André não tem fila de espera para internação.

Até ontem, na região 206 pessoas aguardavam no sistema da Cross pela hospitalização, sendo 116 para leitos de enfermaria e 90 para vagas em UTI. São Bernardo é a cidade com maior demanda, com 110 pacientes esperando, sendo 76 por enfermaria e 34 por UTI.

Diadema tem 43 pessoas que necessitam de hospitalização sendo atendidas na rede municipal, sendo que 19 precisam de um leito de enfermaria e 24, de um leito de UTI. Em São Caetano, 29 pacientes esperam na fila, sendo 17 para enfermaria e 12 para UTI.

Em Mauá, 18 pessoas aguardam pela internação, oito para enfermaria e dez para UTI. Ribeirão Pires tem 16 pessoas nessa situação e seis delas precisam de um leito de enfermaria, enquanto dez exigem cuidados em leitos de UTI. Rio Grande da Serra, cidade que não conta com nenhum leito, não informou os dados até o fechamento desta edição.  




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