Ela é perfeita para qualquer homem heterossexual: bonita, sexy, inteligente, deixa o namorado beber com os amigos até a madrugada, adora futebol, aceita traições e ainda gosta de cuidar da casa. O único problema é que a moça só existe no imaginário de Pedro, personagem interpretado por Selton Mello em A Mulher Invisível, comédia do diretor Cláudio Torres que tem pré-estreia hoje no Grande ABC e será lançada oficialmente no circuito no dia 5.

Para personificar a idealização masculina foi recrutada Luana Piovani, que interpreta Amanda, beldade que tira o fôlego e o juízo do protagonista.

Fiel e apaixonado por Marina (Maria Luisa Mendonça), Pedro é rejeitado pela mulher, que o dispensa para viver com um alemão. Depois de ser abandonado, decide isolar-se no apartamento, quando a musa, fruto de sua imaginação fragilizada pela decepção amorosa, mostra os encantadores atributos físicos e intelectuais. Ao mesmo tempo em que se delicia com Amanda e compartilha seu deslumbramento com o amigo Carlos (Vladimir Brichta), Pedro é desejado por Vitória (Maria Manoella), mulher de carne e osso, sujeita aos transtornos da TPM como qualquer mortal do sexo feminino.

Convicto de que se envolveu com uma diva - não apenas atraente, mas muito parecida com ele -, o solitário protagoniza cenas que devem provocar gargalhadas nos espectadores. É o caso do momento em que se debruça na poltrona do cinema, como se estivesse beijando e acariciando a amada, e é repreendido por uma senhora. "Lugar de fazer isso é o banheiro, viu?", reclama a idosa.