No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa morte entre as mulheres. A campanha tem o objetivo de conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção, que inclui o auto-exame. “Conhecer as próprias mamas e se apalpar é muito importante. Se encontrar algo diferente, a mulher deve procurar um médico o mais rápido possível. Não ter medo de enfrentar a doença é um dos fatores fundamentais para evitar que o câncer se espalhe por outros órgãos do corpo”, afirmou a vice-presidente da associação, Vera Emília Teruel, que teve câncer de mama há 16 anos.
Para o mastologista Lúcio Omar Carmignani, do Hospital Estadual Mário Covas, de Santo André, o auto-exame é importante, mas é um método ultrapassado. “Atualmente, a mamografia é o melhor exame para identificar a doença. Em países subdesenvolvidos, que não existem outros meios para se detectar o câncer, o auto-exame é a melhor saída. No Brasil, já foi comprovado que com as mamografias os casos de mortalidade diminuíram em 30%.”
Mesmo com a queda do número de mortes, Carmignani ainda se assusta com o número de cirurgias que faz em Santo André. “Em média, operamos dez mulheres por semana somente no Hospital Mário Covas. Esse quadro é preocupante. Por isso, acho importante esse tipo de campanha. Quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais chances de cura a paciente tem”, afirmou o mastologista.
Atendimentos – A Associação Viva Melhor trabalha em conjunto com a Faculdade de Medicina do ABC. Duas vezes por semana, às segundas e quintas-feiras, das 9h às 12h, um grupo de mulheres acompanha pacientes que passam pelo mastologista e recebem a notícia de que têm câncer de mama. “Ficamos à espera para dar o apoio que elas necessitam naquele momento. Além disso, trabalhamos com o pessoal da dermatologia, que orientam as mulheres sobre tratamentos de pele e unha por causa dos danos que a quimioterapia traz”, disse a vice-presidente da Associação.
Na sede da associação, o atendimento às mulheres é feito às quartas e sextas-feiras, das 14h às 17h. “Na quarta, temos reuniões com uma psicóloga. Já na sexta, atendemos aquelas que precisam de próteses, perucas e outras orientações”, afirmou Vera.
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