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PCC mantém poder dentro e fora das cadeias
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
13/05/2007 | 07:05
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Após um ano dos ataques que abalaram São Paulo, o PCC continua mantendo a mesma força e influência. Para piorar, o líder máximo da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na última terça-feira saiu do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), em Presidente Bernardes, e foi transferido para Presidente Venceslau, onde está encarcerada a maioria dos líderes do grupo.

De um regime de isolamento rígido, será tratado, agora, com algumas exceções, como um preso comum. Evidentemente, terá maior contato com seus subordinados para planejar e executar ações do interesse da facção.

Dois integrantes da cúpula do grupo exercem grande influência no Grande ABC. Um deles é Wilson Roberto Cuba, o Rabugento, originário de Mauá. Ele é acusado de chefiar um esquema de lavagem de dinheiro na região que envolve 44 postos de gasolina, 38 pessoas, 40 contas bancárias e movimenta R$ 500 mil por mês.

Duas juízas e um empresário de Mauá são acusados de envolvimento com a facção. Eles negam as acusações. O principal homem de Rabugento nas ruas é o sintonia (repassador de ordens) Felipe Geremias, o Felipe Alemão. Ele também nega qualquer envolvimento.

O outro membro da cúpula do PCC na região é Edilson Borges Nogueira, o Biroska. Ele é responsável pelo financiamento de ações do grupo. Mesmo detido, comanda o tráfico de drogas no morro do Samba, em Diadema.

Neste período de um ano que marca o início dos ataques, a facção sofreu algumas baixas. A principal delas foi a prisão, em novembro de 2006 na zona Leste da Capital, de José Wilson Tavares Lopes, o Tigrão, e Adilson Daghia, o Di ou Ferrugem. Ambos eram tidos como os maiores articuladores do PCC fora das cadeias.

No Grande ABC, as maiores perdas do grupo foram Emivaldo da Silva Campos, o BH, preso em São Bernardo em julho do ano passado. Ele cuidava do tráfico de drogas e recebimento de mensalidades dos associados da facção.

O sintonia-geral Fábio Aparecido de Almeida, o Magrelo, de Mauá, foi preso em fevereiro por participação no assassinado do diretor do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Mauá, Wellington Rodrigues Segura.




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