Setecidades Titulo Áreas de risco
Cidades se unem para
pedir verba para encostas

O Consórcio Intermunicipal considera prioritárias as obras em
S.Bernardo, Diadema e Mauá; cidades pedem R$ 120 milhões

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
04/09/2012 | 07:00
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O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC pleiteia verba de cerca de R$ 120 milhões do Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais para intervenções tidas como prioritárias em São Bernardo, Diadema e Mauá.

O projeto inclui a estabilização de encostas nas áreas Nilson Sanches e Embaúva, em Diadema - custo estimado de R$ 93 mil e R$ 379,8 mil, respectivamente - e em conjunto de 25 obras em São Bernardo, com investimento de R$ 29,1 milhões. Mauá também será beneficiada, caso a reivindicação seja atendida pelo governo federal, com R$ 89,6 milhões para obras em encostas e remoção de famílias em diversos pontos da cidade.

As demandas foram incluídas no plano estadual, que reivindica verba para executar obras preventivas com recursos do programa federal. Segundo o presidente do Consórcio e prefeito de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira, os municípios não poderiam encaminhar individualmente projetos. "O governador Geraldo Alckmin se comprometeu a incluir nossas demandas na lista de reivindicações estaduais", explica.

Os projetos regionais selecionados foram os considerados de maior abrangência e que minimizam as situações mais críticas.

"Além disso, reforçamos a importância da construção do piscinão Jaboticabal (na divisa entre São Caetano e São Paulo) para amenizar inundações", observa. O Estado tem até quinta-feira para encaminhar as reivindicações ao governo federal.

O Grande ABC concentra cerca de 115 áreas de risco. São Bernardo é a cidade que possui maior quantidade, 44 no total. A Defesa Civil de Santo André tem cadastradas e monitoradas 23 áreas. Em Mauá, levantamento do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) apontou a existência de 103 setores de risco, localizados em 30 áreas do município. Completam a lista 15 espaços em Diadema e três em Ribeirão Pires.

LICENCIAMENTO

A reunião de prefeitos analisou ainda  resolução da Secretaria de Meio Ambiente do Estado para regulamentar e padronizar o licenciamento ambiental para Pris (Programa de Recuperação de Interesse Social) entre as cidades da região. O próximo passo será agendar encontro com o secretário estadual de meio ambiente, Bruno Covas, para tratar de ajustes.

Regulação de vagas será tema de reunião mensal com Estado

A dificuldade em aliar necessidades das redes municipais de Saúde ao serviço oferecido pelos equipamentos estaduais na região - Hospitais Mário Covas, Serraria e AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) de Santo André e Mauá - será tema de reunião mensal no Consórcio Intermunicipal.

A estimativa é que a medida possibilite a reorganização da rede de Saúde da região, explica a secretária adjunta de Saúde de São Bernardo, Lumena Furtado. "Temos oferta de vagas e procedimentos em áreas que não precisamos e falta atendimento em outras, como cirurgia vascular e neurotrauma", explica Lumena.

Para o superintendente do Hospital Mário Covas, Desiré Carlos Callegari, o problema é que a demanda é maior do que a oferta e os recursos, finitos. "Estamos hoje com 92% de ocupação no Mário Covas" comenta.

Como parte do plano de tornar o hospital referência na região para atendimento de urgência e emergência daqui a cerca de dois anos, o governo do Estado liberou R$ 400 mil para readequação do heliponto do espaço.

VAGAS ONLINE

O Hospital Mário Covas começou, na sexta-feira, a disponibilizar no site (www.hospitalmariocovas.org.br) a fila de espera por cirurgias. Atualmente, cerca de 1.200 pessoas aguardam por algum procedimento cirúrgico geral, plástico ou bariátrico. O número inclui pacientes que esperam por cirurgia de quadril e bacia.

A expectativa é complementar a lista que conta atualmente com 30 especialidades até o fim da semana.




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