No Bar da Rosa, tradicional estabelecimento atrás do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, na região central de São Bernardo, o clima era de expectativa pela volta do mais famoso representante da categoria.
Até mesmo altos dirigentes da entidade celebravam a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O assunto dominava as conversas, a exemplo de Vagner Freitas, ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), e seu sucessor à frente da entidade, Sérgio Nobre. Eles projetavam como seria o ato pró-Lula em frente ao sindicato – marcado para hoje, a partir das 10h – e os efeitos políticos de sua liberdade. “Ato é cumprimento da Justiça. Não é só isso que queremos para a democracia. Lula tem que ser inocentado e seus processos, anulados”, disse Freitas.
Em frente ao apartamento de Lula, na Avenida Francisco Prestes Maia, o movimento era intenso de jornalistas e de alguns policiais. Mas como o petista decidiu não regressar ontem à cidade, os profissionais logo se dispersaram.
Na parte da tarde, quando o juiz Danilo Pereira Júnior, da 12ª Vara Federal, acatou pedido da defesa do ex-presidente para liberá-lo da carceragem da Polícia Federal na capital paranaense, era tímida a movimentação de pessoas na avenida da residência de Lula. Mas um veículo com adesivo do governo do Estado passou pelo local e um dos ocupantes do carro não pestanejou e gritou “Lula livre”.
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