A Escola Estadual Professor Domingos Peixoto da Silva, no Parque Alvarenga, em São Bernardo, possui três salas de lata, que funcionam há, pelo menos, 10 anos. Pais e alunos afirmam que já reclamaram inúmeras vezes sobre a situação, mas nada foi resolvido.

"No calor é insuportável ficar nas salas. É ruim tanto para as crianças quanto para os professores", diz o diretor da Sociedade Amigos do Jardim Laura e Parque Alvarenga e pai de uma estudante, Mancha Gomes, 37 anos.

Além de mãe de aluna, Ednéia Oliveira dos Santos, 30, estudou na escola. "É horrível, a professora não consegue dar aula direito por causa do barulho." Ela também relata que os estudantes sofrem muito no calor, pois não há ventiladores.

"Quando os alunos das outras salas chutavam as paredes, a sala balançava", conta Mayara Magda, 15, que estudou na sala de lata durante a 8ª série e o 1º ano do Ensino Médio.

Se no calor é insuportável permanecer no ambiente, nada melhora em dias de frio e chuva, pois parte das janelas estaria com os vidros quebrados. "Quando tem chuva entra água, aí tem de arrastar as carteiras para outro canto", afirma a estudante Stephane Oliveira dos Santos, 12. "Tinha gente que estava levando toalha e plástico para colocar no espaço do vidro para impedir que o vento entrasse", comenta Gomes.

A Secretaria de Estado da Educação informou que a Escola Estadual Professor Domingos Peixoto da Silva está no plano de obras do governo. Serão destinados R$ 918 mil para construção de novas salas e demais intervenções, como pintura. Porém, não há data prevista para início das obras. Tudo dependerá de uma licença ambiental, pois o colégio está localizado em área de proteção de mananciais. A diretoria da escola providenciará a troca dos vidros quebrados.