Eleições 2016 Titulo Após ficar em terceiro
Sem Filippi, PT tem dificuldade de definir posição no 2º turno em Diadema

Executiva da legenda em Diadema inicia debate, sinaliza por campanha antiLauro, mas deixa posicionamento para encontro na segunda-feira

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
08/10/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Sem a presença do ex-prefeito José de Filippi Júnior, o PT de Diadema teve dificuldade na noite de ontem em indicar deliberação sobre o posicionamento do partido para o segundo turno da eleição municipal, disputado entre o prefeito e candidato à reeleição, Lauro Michels (PV), e o prefeiturável da oposição, o vereador Vaguinho do Conselho (PRB). No primeiro turno, o petismo ficou na terceira posição, ao obter 16,37% dos votos válidos (31.921 sufrágios), em projeto encabeçado pelo parlamentar Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. A sinalização foi de antiLauro, mas o martelo será batido só na segunda-feira.

Presidente municipal da sigla, o ex-prefeito Mário Reali (PT) informou que no encontro foram debatidas vertentes dos possíveis caminhos que podem ser adotadas na segunda etapa, mas que a decisão será tomada em plenária com todo o diretório municipal, na segunda-feira.

“O que fizemos hoje (ontem) foi organizar o debate, colocando na mesa os planos para levar a decisão do coletivo do diretório. A conclusão passa que essas duas candidaturas não nos satisfazem. Defendíamos um projeto que tem compromisso com as políticas sociais. Nem o Lauro nem o Vaguinho possuem. Agora, este atual governo destruiu a cidade e o outra candidatura não teve a chance, mas não nos representa”, pontuou.

O encontro dos petistas durou quase três horas e reuniu a atual bancada de vereadores, composta por seis integrantes, e demais nomes da executiva da legenda. O clima foi marcado pelo abatimento entre as lideranças, que deixaram o posicionamento do partido a cargo de Reali.

“O que temos de fazer é trabalhar para preservar e defender o legado do nosso partido. E o momento é de organização e avaliação”, acrescentou o ex-prefeito.

Sobre o desempenho da legenda no processo eleitoral, que, além da terceira colocação na corrida ao Paço, resultou na redução de seis para três no número de vereadores, Reali considerou o resultado satisfatório, justificando perseguição à imagem do PT pelos veículos de comunicação do País.

“Se analisarmos tudo o que o PT passou em termos de exposição na mídia, a conclusão ainda foi boa. Era um bombardeio de notícias ruins, com prisão de ex-ministro (Antonio Palocci) na semana do voto e muitos outros fatores que levaram à depreciação da nossa imagem”, complementou o dirigente petista.

Para o futuro, ele destacou que, após o desfecho do processo eleitoral, a legenda passará organizar reunião para discutir formatação do partido no futuro político da cidade. Até 2012, o PT foi soberano em Diadema, emplacando seis vitórias em eleições ao Executivo.

Vice de Taka, Soffner declara apoio a Lauro

O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), que busca a reeleição, conquistou ontem o apoio do candidato a vice da chapa do prefeiturável Taka Yamauchi (PSD), o coronel reformado da PM (Polícia Militar) Marcel Soffner (PTC), para a disputa do segundo turno contra o vereador Vaguinho do Conselho (PRB). Esta é a terceira adesão formalizada por Lauro após o fechamento do primeiro turno. Antes, foram confirmados o postulante ao Executivo do PMN, Silvino Roque Neto, o Russo, e da Rede – este, porém, sem o aval do ex-candidato a prefeito da sigla, Virgílio Alcides de Faria.

Na companhia do presidente municipal do PTC, José de Almeida Borges, e do postulante a vereador Professor Burgos – detentor de 859 votos e mais votado da legenda –, Soffner apertou a mão com Lauro, garantindo comprometimento na campanha do verde. 

“Queria dar meu posicionamento para este segundo turno. Houve sondagem do Vaguinho e do Lauro. Acabei optando pelo atual prefeito, porque vejo nele melhores condições e plano para os próximos quatro anos, além de possuir maior afinidade. Vou pedir voto e quero vê-lo reeleito”, pontuou Soffner.

A chapa de Taka e Soffner terminou o primeiro turno das eleições como a maior surpresa da disputa, após chegar no quarto lugar, com 12,06% dos votos válidos (23.518 sufrágios). “Fizemos uma campanha muito bonita, sem agressões, que me deixa à vontade para a escolha de um projeto. Esta foi uma decisão minha e do PTC, não do Taka”, disse Soffner.

Prefeiturável derrotado, Taka reforçou que ainda não definiu sua posição no segundo turno eleitoral. Afirmou que a conclusão vai obedecer a uma pesquisa qualitativa e quantitativa na cidade sobre sua imagem para o futuro político.

“Acredito que até terça-feira devemos anunciar essa decisão, que precisa ser coletiva do PSD. Não temos pressa. Sou pré-candidato a prefeito para 2020. Se esses estudos mostrarem que subir no palanque de um dos dois vai me prejudicar, ficarei neutro”, argumentou Taka.




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