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Mauá registra 97 casos de escabiose em escolas

Popularmente conhecida como sarna, doença causa preocupação a pais e funcionários da cidade

Victor Augusto
Especial do Diário
11/06/2019 | 07:10
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Celso Luiz/DGABC


Mauá confirmou surto de sarna em escolas. As secretarias de Educação e de Saúde registraram casos da chamada escabiose em nove unidades (sete municipais e duas estaduais), sendo confirmados 97 indivíduos afetados – 82 crianças e 15 funcionários.

Uma das instituições municipais mais afetadas é a Florestan Fernandes, na Vila Magini. Pelo menos 11 casos foram registrados na unidade. “Os professores chamaram os pais para reunião, onde pontuaram que era importante todos os alunos carregarem álcool gel nas mochilas e, em casos de suspeita, é para alertar a escola imediatamente”, comenta a autônoma Daiane Bezerra, 19 anos, prima de uma aluna.

Por precaução, a vendedora Jéssica Soares, 27, mãe de dois alunos, não deixa os filhos frequentarem as aulas há duas semanas. “Fico preocupada, mas sei que uma hora ou outra eles vão precisar retornar. A escola alertou que devíamos lavar as roupas com água bem quente.”

No Parque das Américas, o alerta está em torno da Escola Municipal Alberto Betão Pereira Justino. Conforme a moradora do bairro e conselheira de saúde Marlene Vieira, 54, a situação é preocupante. “É a primeira vez que vejo algo assim. Trabalho em creches há 14 anos”, conta.

Segundo a Prefeitura de Mauá, “medidas de contenção e combate contra a doença estão sendo tomadas”, como a promoção de palestras para prevenção da escabiose, o fornecimento de material informativo, atendimento dos casos já notificados com medicação adequada e acompanhamento familiar e fornecimento de kit de combate – composto por sabonete, creme e comprimidos. A administração Alaíde Damo (MDB) também alega que está sendo feita limpeza nas escolas. “As equipes realizaram processo de higienização em todos os ambientes e objetos de uso comum.”

SANTO ANDRÉ

No início de maio, o Diário denunciou que moradores de núcleo habitacional no Jardim Cristiane, em Santo André, vivem situação parecida, já que enfrentam surto de coceira há pelo menos quatro meses.

A dermatologista Bárbara Carneiro explicou que a sarna é uma doença altamente contagiosa, transmitida pelo contato pele a pele. A coceira é uma reação alérgica ao parasita que a causa, seus ovos e fezes, que ficam alojados na pele. O tratamento inclui uso de medicamentos e processo de ferver a roupa de cama e banho de toda família, mesmo que haja apenas um infectado.

(colaborou Yasmin Assagra)




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