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Daee retira 21,3 mil caçambas de lixo dos piscinões da região

Reservatórios municipais também são limpos para receber temporada de chuvas; São Bernardo inicia desobstrução do equipamento do Paço

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
20/09/2021 | 00:01
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Divulgação/Gabriel Inamine/PMSBC


O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) retirou, de janeiro a agosto, o equivalente a 21,3 mil caçambas de lixo, areia e terra dos 19 piscinões que ficam no Grande ABC e são de responsabilidade do governo do Estado – o volume representa 106,4 mil metros cúbicos de detritos e uma caçamba comporta cerca de 5 metros cúbicos. A limpeza faz parte da programação para esvaziar os reservatórios antes da temporada de chuvas, prevista para ocorrer de outubro a março. Atualmente, os reservatórios estão com 95% da capacidade livre.

Do total de detritos retirados pelo Daee, praticamente metade foi recolhido no Piscinão Petrobras, localizado em Mauá, onde foram retiradas cerca de 9.400 caçambas de sedimentos. O reservatório conta com capacidade livre de 98% (800 mil metros cúbicos) – veja a quantidade retirada de cada piscina na arte acima.

A autarquia estadual também realiza serviço de capinação nesses equipamentos, onde foram retiradas mais de 1,3 milhão de metros cúbicos de resíduos nos últimos dois anos, sendo cerca de 811 mil metros cúbicos entre janeiro e dezembro de 2020 e 564 mil metros cúbicos de janeiro e agosto de 2021.

Além dos piscinões, outras medidas preventivas são adotadas nas sete cidades do Grande ABC para tentar evitar enchentes e pontos de alagamento. As administrações municipais disseram que intensificam durante o ano a limpeza nas bocas de lobo, além dos serviços de varrição e coleta de lixo.

PISCINÕES MUNICIPAIS
Nesta semana a Prefeitura de São Bernardo iniciou o trabalho de limpeza e manutenção do Piscinão do Paço, sob responsabilidade do município, como medida preventiva para o período de chuvas. A previsão é que nos próximos dois meses pelo menos 3.000 metros cúbicos de sedimentos, como areia e lixo, sejam retirados do reservatório, equivalente a 600 caçambas cheias.

Considerado o maior projeto de drenagem urbana do País, o Piscinão do Paço é um dos principais instrumentos de prevenção e combate às enchentes de São Bernardo, com capacidade para armazenar 220 milhões de litros de água.

“A manutenção do piscinão tem que ocorrer regularmente de forma preventiva. Nossas equipes farão, nas próximas semanas, a remoção de todo sedimento presente no reservatório, assim como a manutenção das bombas, para que, até outubro e novembro, o piscinão esteja 100% preparado para os temporais de verão”, destacou o prefeito da cidade, Orlando Morando (PSDB).

Já em Santo André, a Prefeitura informou que de janeiro a setembro de 2021 foi contabilizada aproximadamente 236 toneladas de resíduos retirados dos cinco piscinões municipais: Jardim Bom Pastor, Vila América, Santa Terezinha, Homero Thon e Jardim Irene.

A administração andreense explica que a frequência de limpeza nessas unidades é determinada conforme vistoria técnica de drenagem e monitoramento por meio das câmeras, nas quais são verificadas as condições locais.

O secretário adjunto de Manutenção e Serviços Urbanos de Santo André, José Antônio Ferreira, destacou a ação preventiva como medida de enfrentamento às enchentes. “Nós conseguimos diminuir de maneira significativa os alagamentos com essas ações de limpeza preventiva. Estamos tomando cuidados para reduzir as chances de enchentes no período de maiores precipitações”, destaca.

PISCINÃO JABOTICABAL
A região aguarda há mais de 20 anos pela construção do Piscinão Jaboticabal, que terá capacidade de 910 mil metros cúbicos e ficará na tríplice divisa entre a Capital, São Bernardo e São Caetano. O reservatório tem como promessa minimizar as enchentes nas áreas próximas aos córregos Ribeirão dos Couros e dos Meninos.

O reservatório será construído pelo Consórcio RAC Jaboticabal, formado pelas empresas Passarelli Engenharia e Construção Ltda e Planova Infraestrutura Eireli. O grupo receberá R$ 131,9 milhões e terá 18 meses para finalizar os trabalhos – embora o contrato fique válido por 21 meses. As desapropriações devem consumir outros R$ 106 milhões. 




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