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Prefeituras do Grande ABC têm dois bafômetros
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
28/06/2008 | 07:10
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As prefeituras do Grande ABC possuem juntas dois bafômetros, mas nenhum deles pode ser usado imediatamente para auxiliar a Polícia Militar a fiscalizar o consumo de álcool entre os motoristas da região. A Lei Seca do trânsito está em vigor há uma semana e até agora nenhum motorista foi preso em flae por dirigir sob efeito de álcool na região. Policiais reclamam da falta do aparelho.
Um dos equipamentos está em Santo André. O bafômetro foi enviado para aferição e deve ser oferecido à polícia assim que retornar . O outro está em Diadema, mas não é da Prefeitura. A administração utiliza um equipamento da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Vale lembrar que é atribuição da polícia - e não das prefeituras -, fiscalizar o cumprimento das novas regras e prender os infratores.

EXAME
A Secretaria do Estado de Segurança Pública informou ontem que, caso um motorista seja flagrado em estado de embriaguez e negue-se a passar por testes, deverá ser conduzido ao IML (Instituto Médico-Legal) e passar por exames clínicos. O atestado permitirá a prisão.

O médico Ronaldo Laranjeira, coordenador de um estudo nacional feito pela Unifesp sobre álcool e direção, acredita que há exagero nas informações que chegam à população sobre testes positivos de álcool para quem come bombom de licor ou usa anti-séptico bucal. "Qualquer pessoa que lavar a boca com água após esses procedimentos não será flagrada", garante.

"É um pouco de terrorismo", completa outro especialista, o médico Sérgio Abdalla, da Prefeitura de Diadema. A cidade serviu de campo de estudo para a Unifesp. Em um único final de semana, 1.000 motoristas passaram pelo bafômetro. Destes, 300 haviam consumido álcool - 190 estavam com mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue, o que hoje leva à cadeia. "A questão é preparação. Se a pessoa sabe que vai tomar três copos de chope, deve preparar-se para ficar três horas sem dirigir", diz o médico Laranjeira.




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