Outro estudo, realizado com base em informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2001), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pelos professores Sônia Rocha, coordenadora de projetos do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getúlio Vargas, e por Roberto Cavalcanti de Albuquerque, diretor-técnico do Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos), mostra que a transferência de R$ 50 mensais para todas as famílias que vivem em pobreza extrema reduziria em um terço o número de brasileiros indigentes. Com informações de outra pesquisa, o Censo 2000, os professores concluíram que 57,7 milhões de pessoas no país estão abaixo da linha da pobreza, sendo que 21,7 milhões estão em situação de pobreza extrema.
O conceito de pobreza extrema refere-se à população que tem renda familiar per capita mensal inferior ao preço de uma cesta básica. Os valores em reais variam. Foram definidas 27 linhas de pobreza extrema, sendo a mais baixa de R$ 19,67 per capita para o Norte rural e a mais alta, de R$ 44,29 per capita, para a Região Metropolitana de São Paulo. Na avaliação dos economistas, para esta população – que eles classificam de “os mais pobres entre os pobres” – devem ser voltadas todas as atenções dos programas sociais.
Colabrou Daniela Mian
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