O julgamento no Tribunal Pleno do STJD seria realizado nesta quinta à tarde, no Rio de Janeiro, mas foi adiado para a próxima terça-feira em função da ausência do relator do processo, Oscar Argolo, que alegou problemas profissionais para não comparecer à sessão.
Na área cível, aguarda-se para os próximos dias o indiciamento do presidente Nairo Ferreira de Souza e do agora ex-médico do clube, Paulo Forte. Caso o juiz aceite a denúncia como homicídio doloso, os dois irão para júri popular. Mas o juiz pode também pedir a desclassificação do caso e, assim, o processo irá para uma vara comum.
O advogado do São Caetano, Luiz Fernando Pacheco, aguarda a denúncia do promotor para começar a trabalhar em defesa do clube e das pessoas envolvidas - o presidente Nairo e o médico Paulo Forte. "Por enquanto, não estamos fazendo nada. Estamos apenas esperando que o promotor Zagallo se manifeste", disse.
Como o promotor não tem tempo pré-determinado para fazer a denúncia, cabe a Pacheco esperar e só depois montar a defesa de Paulo Forte e Nairo Ferreira de Souza.
O promotor solicitou um laudo à Unifesp (Universidade Federal Paulista) e espera por isto para formular a denúncia contra Paulo Forte e Nairo. Ele espera receber o documento ainda este ano para dar andamento ao processo.
Zagallo está convencido de que os dois tinham conhecimento do problema de saúde apresentado por Serginho e nada fizeram para evitar que ocorresse a morte do jogador.
Como principais provas, o promotor tem os laudos elaborados pelo Incor (Instituto do Coração), o depoimento do médico Edimar Bocchi, que acompanhou o caso e também o fato do jogador ter consumido a substância digoxina, indicada para problemas cardíacos, que Zagallo acredita ter sido indicada por Forte.
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