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Coronavac tem 78% de taxa de eficácia

Dados da fase 3 foram passados hoje pela manhã para Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); pedido de uso emergencial deve ser protocolado até o fim da tarde e o objetivo é iniciar a vacinação dia 25, conforme programado

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
07/01/2021 | 12:02
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Atualizado 13h40

A Coronavac tem eficácia de 78% contra a Covid-19. A constatação veio com os estudos da fase 3 realizados no Brasil e acaba de ser passada para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Casos moderados e fortes da doença são eliminados completamente com a vacina, concluem os pesquisadores. As informações acabam de ser passadas em coletiva imprensa promovida pelo governo do Estado no Instituto Butantan.

"Hoje é um dia muito importante para os brasileiros. Esse resultado significa que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan tem elevado grau de eficiência e eficácia para proteger a vida dos brasileiros. As pessoas imunizadas terão entre 78% a 100% menos possibilidade de desenvolver a Covid-19 do que uma que não receber o imunizante", ressaltou o governador João Doria (PSDB). Segundo ele, a documentação para pedido emergencial foi entregue para Anvisa e o objetivo é iniciar a vacinação no dia 25 de janeiro, conforme programado. "Já temos a vacina pronta e com capacidade de imunizar imediatamente os brasileiros contra o coronavírus", completou o tucano.

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, visivelmente emocionado, falou sobre os oito meses na saga para produzir a vacina. "É uma saga de luta diária, muitas vezes sanguinolenta, muitas vezes a luta contra o ódio, a incompreensão, contra a falta de visão do que é uma vacina em uma pandemia. Foram meses de intenso desgaste, intensa luta, não minha, mas de todos que estamos aqui trabalhando em prol dessa vacina", disse.

Muita gente, ressaltou, critica a velocidade das vacinas. "Mas neste momento temos de pensar que estamos perdendo pessoas, jogando pessoas nos hospitais. Muitas dessas pessoas pertencendo a faixas de pessoas mais idosas, submetidas a um risco muito grande. Uma vacina neste momento vem para diminuir essa carga de doença. Vem para diminuir a gravidade destes casos e impedir que as pessoas uma vez infectadas desenvolvam a forma mais grave da doença", explicou.

A pesquisa, acrescentou, foi realizada em 16 centros clínicos no Brasil, em oito estados. Participaram, até o momento, 12.476 profissionais da saúde como voluntários. "São pessoas que estavam no combate direto com o vírus, pessoas de linha de frente, e isso difere das demais vacinas, que fizeram com a população de um modo geral. Essa vacina foi submetida a um teste dos mais difíceis", lembrou Covas.

Das pessoas que receberam a vacina, não houve o registro de nenhum caso grave e também caso moderado. Nenhum dos voluntários que receberam a vacina foram internados. Das vacinadas, 78% não precisaram procurar um atendimento ambulatorial e os casos leves foram prevenidos na mesma porcentagem. "É uma excelente vacina. Por isso hoje fizemos uma reunião inicial com a Anvisa, que recebeu as informações e já marcou uma segunda reunião para o final do dia de hoje. Esperamos poder formalmente iniciar o pedido de tramitação após o encontro de hoje ou, no máximo, até amanhã. Estamos caminhando para ter o uso emergencial", contou o presidente do Butantan. O Brasil tem, no momento, 10,8 milhoes de doses prontas da Coronavac.

RECLASSIFICAÇÃO

A reclassificação das regiões do Plano São Paulo, de reabertura econômica e flexibilização da quarentena, foi adiado para amanhã. O anúncio poderá colocar outras partes do Estado na fase vermelha, de mais restrições, na qual hoje está exclusivamente a região de Presidente Prudente, a depender da piora das taxas de ocupação de leitos e outros dados relacionados à pandemia da Covid-19. O Grande ABC está na fase amarela. 




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