Setecidades Titulo Terceira dose
Região aplicou, por dia, 13 mil vacinas de reforço contra Covid

Entre sexta-feira e ontem, mais de 64 mil moradores de seis das sete cidades receberam a dose suplementar

Thainá Lana
Do Diário do Grande ABC
08/12/2021 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


Somente nos últimos cinco dias, contabilizando da última sexta-feira até ontem, foram aplicadas na região 64.524 doses de reforço da vacina contra Covid-19. Significa que a cada dia, cerca de 12.904 imunizantes foram ministrados em seis cidades do Grande ABC, segundo os boletins epidemiológicos enviados pelas prefeituras – Rio Grande da Serra é o único município que não informa os dados sobre aplicação da terceira dose. 

Desde o início da vacinação suplementar, liberada na região em setembro, já foram aplicadas 339.883 doses – das quais, 23,4% apenas nos últimos cinco dias. O aumento expressivo nos dados ocorreu após a liberação do Ministério da Saúde, que autorizou a aplicação do imunizante em todos os adultos que tenham recebido a segunda dose há pelo menos cinco meses – agora esse período foi reduzido para quatro meses. 

Na comparação entre cidades, proporcionalmente, São Bernardo foi o município que ministrou o maior número de doses de reforço na região, com 109.192 frações. Aparecem, em sequência, Santo André (105.134), Mauá (42.432), Diadema (36.397), São Caetano (32.802) e Ribeirão Pires (32.802). 

Somando todas as fases da vacina, foram aplicadas no Grande ABC 4.599.245 doses, sendo que 70,6% da população da região já completou o esquema vacinal com as duas primeiras doses.

VACINAÇÃO HETERÓLOGA

Desde que o período para aplicação da dose de reforço foi adiantado pelo Estado de São Paulo, o imunizante que deve ser ministrado ainda gera dúvidas nos moradores da região. É o caso do bancário Renato de Souza Peres, 40 anos, que deixou de tomar ontem a terceira dose por causa do imunizante que estava disponível no posto de saúde Jardim Guapituba, em Mauá. 

Antes de ir tomar a terceira dose, Peres havia pesquisado sobre qual vacina seria mais eficaz para completar seu esquema vacinal, considerando que recebeu as duas primeiras doses da Coronavac. “Não quero ficar escolhendo vacina, não concordo com isso, mas li alguns estudos científicos sobre o assunto, além da recomendação do Ministério da Saúde, que sugere a vacinação heteróloga (quando são aplicados imunizantes diferentes para aumentar a imunidade dos vacinados). No posto tinha disponível o imunizante da Pfizer, porém, a enfermeira informou que seria aplicada a Coronavac, mesmo sendo o mesmo imunizante que recebi nas duas primeiras doses”, comentou Peres, que optou por não tomar a dose de reforço até que tenha mais informações sobre o assunto.

Questionado pelo Diário, o governo do Estado informou, por meio de nota, que a nova orientação do PEI (Plano Estadual de Imunização) segue a diretriz do PNI (Programa Nacional de Imunização) e vale para todas as pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac, Astrazeneca e Pfizer há pelo menos quatro meses. “A dose de reforço é aplicada com as vacinas disponíveis”, explicou na nota.

Governo terá novas regras para viajantes

O governo federal anunciou, ontem, a edição de uma portaria para colocar quem chega ao Brasil sem estar vacinado contra Covid-19 em quarentena de cinco dias. Os imunizados, por sua vez, não precisarão do isolamento. Os viajantes ainda precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo feito 72 horas antes de entrar no País.

Em pronunciamento convocado às pressas no Palácio do Planalto, os ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Bruno Bianco (Advocacia-geral da União), no entanto, evitaram falar sobre o chamado “passaporte da vacina”. 

Queiroga repetiu a frase do presidente Jair Bolsonaro (PL) para justificar a não adoção da medida no País. “Nós respeitamos as liberdades individuais e o povo brasileiro tem procurado as políticas públicas livremente. O presidente ainda há pouco falou: ‘Às vezes, é melhor perder a vida do que perder a liberdade’. Não estamos aqui querendo fazer nenhum tipo de polemização, mas são direitos fundamentais e que eles têm a mesma importância e o nosso compromisso é com isso”, finalizou o ministro.

A nova regra foi discutida em reunião interministerial e fará parte de uma portaria a ser publicada.




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