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Voto de aliado derruba veto de Marinho em S.Bernardo
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
12/02/2010 | 07:36
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O vereador governista de São Bernardo Estevão Camolesi (PTdoB) demonstrou personalidade na sessão de ontem e novamente votou contra seu grupo político. O trabalhista votou ‘não' ao veto parcial do prefeito Luiz Marinho (PT) à emenda da oposição que ele, no ano passado, havia sido a favor. Seu voto, somado aos dos oposicionistas, causou a derrota do prefeito.

A sugestão da bancada contrária à gestão petista foi incorporada ao PPA (Plano Plurianual) em dezembro de 2009 graças ao voto de Camolesi. A emenda determina a manutenção do programa de formação musical na cidade, que engloba atividades de bandas mirim e jovem, além das orquestras sinfônica e filarmônica.

O argumento do chefe do Executivo para extinguir o artigo do PPA não foi suficiente para convencer o parlamentar. Marinho afirma na justificativa do veto que, desde o dia 25 de abril, o Centro Livre de Música, instalado no Teatro Martins Pena, na Vila Gonçalves, oferece formação de qualidade, e que as bandas mirim e jovem foram incorporadas a esse novo programa.

"No PPA fui a favor de manter o projeto musical e ficaria estranho mudar de opinião agora. Entendo que o que é bom para a cidade tem de continuar e o que vier a ser criado de novo pela administração também sou a favor", argumentou Camolesi, sobre a ratificação de seu voto.

O líder do governo na Casa, Tião Mateus (PT), classificou como "ruim" a atitude do companheiro de bancada. "Não votar junto com o grupo é chato. O quadro na Câmara é apertado e isso cria dificuldade. Essa questão poderia ter outro desdobramento", lamentou o petista. "O Executivo não quer e não vai acabar com esses projetos", continuou.

No Legislativo são-bernardense, dez vereadores são da base de sustentação do governo e dez de oposição. Por isso o voto de Camolesi foi tão importante, pendendo para o bloco contrário à administração. Apesar da queda do veto do prefeito, o projeto de formação musical, da maneira que está no PPA, pode não ser mantido já que O plano plurianual é apenas uma diretriz a ser seguida e não uma obrigação pontual a ser executada.

SABESP - Outra propositura aprovada ontem, que gerou grande discussão na Câmara, foi requerimento de convocação de dirigentes da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Matias Fiúza (PT) iniciou o debate ao solicitar à Prefeitura providências junto à autarquia estadual para saber os motivos da má qualidade da água nas residências de São Bernardo nos últimos dias. Na sequência, Antônio Cabrera (PSB) adicionou ao pedido algumas perguntas à Sabesp sobre a demora na manutenção das redes de recursos hídricos e esgoto.

Na plenária, também foi avalizado pelos parlamentares projeto de lei de Wagner Lino (PT) que obriga a colocação do itinerário na parte externa dos ônibus. Uma matéria simples, mas que ficou na pauta por quase um ano sem ser apreciada, em função das discussões sobre temas mais importantes, foi aprovada ontem. Trata-se do nome da Rua Vicente de Paula S. e Silva que será estendido ao prolongamento da própria via.




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