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Pro Teste desaprova chuveiros brasileiros
Célia Maria Pernica
Do Diário do Grande ABC
08/04/2008 | 07:12
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A Pro-teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) publicou resultados alarmantes de uma pesquisa em oito chuveiros elétricos, onde constatou defeitos na segurança de todos.

 “O banho do brasileiro não é seguro”, afirma a coordenadora da área técnica de produtos da associação Alessandra Macedo.

 “A metodologia do teste foi baseada na IEC (Comissão Internacional de Eletro-técnica ) que determina o padrão de segurança elétrica na Europa e outros países do mundo. O resultado não pode ser descartado”, garante.

 A coordenadora diz que as normas da IEC são mais restritivas em relação a segurança do consumidor do que a metodologia nacional. “Durante o banho ficamos muito vulneráveis a choques elétricos. O corpo está diretamente exposto e o ambiente úmido é propício. Em um indivíduo com marcapasso as conseqüências podem ser graves”, alerta.

 No teste foram avaliados desempenho, consumo e segurança elétrica. A primeira falha constatada é a de que todos os fabricantes declaram potências diferentes das medidas e com essas informações incorretas, o resultado das instalações podem ser de superaquecimento e de curto-circuito. Outro defeito foi relacionado ao comprimento dos fios que dificulta a correta ligação, além dos produtos não terem um protetor térmico, que protegeria o consumidor do superaquecimento.

 A pior falha apresenta pela Pro-teste é que em todos os produtos foi constatado que se houver falha no funcionamento do chuveiro e a corrente elétrica escapar do caminho normal no interior do aparelho, não há nenhum mecanismo que evite um choque no usuário que tocar ou mesmo chegar perto do aparelho.

EMPRESAS

 As empresas avaliadas no teste da Pro-teste se defendem dos resultados afirmando que seguem rigorosamente as normas técnicas e de segurança exigidas pela legislação brasileira, obedecendo ao Regulamento Específico do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e conferidas pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

 A Cardal e a Botega repudiam o teste da Associação e informam que a qualidade do chuveiro elétrico fabricado no Brasil é reconhecida internacionalmente, tanto que nos últimos cinco anos, 69 países compram o produto. A Cardeal acredita que a Proteste discute a legislação brasileira e não os produtos.



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