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Torcedores do Olímpia morrem após jogo contra Azulão
Das Agências
26/07/2002 | 00:24
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Os torcedores do Olimpia não tiveram motivos para comemorar a festa de seu centenário, nesta quinta-feira, que acabou em tragédia. Após a derrota para o São Caetano por 1 a 0, na noite de quarta-feira, duas pessoas morreram e 50 ficaram feridas, em Assunção, inclusive vários brasileiros.

Segundo informações da polícia de Assunção, um torcedor não identificado morreu na periferia da cidade após envolver-se em discussão com um fã do Cerro Porteño, equipe rival do Olimpia. Outro torcedor morreu atropelado nas imediações do estádio Defensores del Chaco, depois de cair de um ônibus lotado e ter o corpo esmagado pelas rodas traseiras do veículo.

Os integrantes da comitiva que acompanhou o São Caetano contaram que passaram por maus momentos no Paraguai. O presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, afirmou que um dos integrantes das caravanas foi atingido por uma garrafa e levou oito pontos na testa e outros sofreram ferimentos leves. "Não houve agressão física, mas os torcedores atiravam latas e garrafas o tempo todo. Chegavam a ferir até outros torcedores do próprio Olimpia e os jogadores do time", disse Antônio Neves, assessor do prefeito de São Caetano, Luiz Tortorello.

Torcedores revelaram que tiveram de acompanhar o jogo em situação precária. O grupo que ficou nas arquibancadas passou a partida encurralado por fanáticos do Olimpia. Os brasileiros foram protegidos de agressões físicas apenas por uma barreira policial, que não conseguiu impedir o arremesso de objetos de todos os lados. Não foi providenciada uma área de escape caso houvesse tumulto.

Os jogadores do São Caetano também não foram poupados. Durante o trajeto entre o Defensores del Chaco e o Aeroporto de Assunção, o ônibus que transportava a equipe foi alvo da revolta dos torcedores do Olimpia. "Eles apedrejaram nosso ônibus e acabaram com um dos vidros. Para não termos mais problemas, resolvemos fechar todas as cortinas para que quem estivesse fora não pudesse nos reconhecer", contou o meia Anaílson, de certa forma conformado com o tratamento. "É sempre assim quando a gente joga lá fora". A confusão e a derrota tiraram muito do brilho da festa do centenário realizada na sede do Olímpia após o jogo, com queima de fogos e shows.




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