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Internações por diabete em homens sobem 71,3%

Dados da região são de 11 anos, mesmo período em que doença aumentou no País

Vanessa de Oliveira
03/07/2018 | 07:00
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O percentual de homens que apresentaram diagnóstico médico de diabete, no País, aumentou 54% entre os anos de 2006 e 2017, segundo dados do Ministério da Saúde, por meio da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). No Grande ABC, ao analisar o número de internações no mesmo período (com base nos dados disponíveis no DataSus), o crescimento foi bem maior: de 409 subiu para 701 hospitalizações, aumento de 71,39%. Já nas mulheres, as internações caíram 37,79% (de 823 registros para 512) na região.

O clínico geral Roberto Debski lembra que os homens são mais resistentes nos cuidados com a saúde e na procura por orientação médica, mas ressalta que a diabete tem aumentado ao longo do tempo na população em geral, por série de fatores. “Tem elevado o percentual de pessoas com sobrepeso e obesidade, que são fatores de risco para diabete, além da alimentação errada, com excesso de carboidratos.” 

O especialista explica que o processo para desencadear a doença demora vários anos. “O organismo vai se adaptando e consegue, de alguma maneira, dar conta do processo de desequilíbrio dos órgãos, mas, chegando em certo nível, a pessoa não consegue mais dar conta e os indicadores (de aumento da doença) aparecem.”

O diagnóstico de diabete está atrelado ao desencadeamento de outros problemas. “É uma doença que afeta a microcirculação e o seu comprometimento, faz com que haja prejuízo de diversos órgãos, como o rim. O metabolismo vai sendo agravado e pode desencadear doenças cardiovasculares, como AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto, causar perda de visão, entre outras situações”, lista o médico.

A temida doença pode, no entanto, ser evitada com a mudança de hábitos. “A prevenção está no estilo de vida: manter o peso adequado, com alimentação saudável, rica em fibras, legumes, verduras e prática de atividades físicas”, pontua Debski.

Para quem tem predisposição à doença, com casos registrados na família, os hábitos saudáveis auxiliarão a retardar o aparecimento da doença e, se aparecer, será de “maneira mais suave”.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2016, a diabete já vitimou com óbitos 406.452 pessoas no Brasil. No Grande ABC, no mesmo período, a doença matou 335 moradores. Já no ano passado, 45 munícipes vieram a óbito.  




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