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Clientes discutem por autógrafo da banda Calypso
Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
01/11/2005 | 08:18
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Tumulto, empurra-empurra, choro e muita decepção. O que era para ser o dia de para centenas de fãs da banda Calypso terminou num coro de lamentações e reclamações. Na tarde de segunda-feira, um cartaz anunciava a presença da dupla Chimbinha e Joelma no Carrefour da avenida Pedro Américo, em Santo André. Quem adquirisse o CD ou o DVD do grupo na loja teria direito a autógrafo dos artistas. Mas nem todos os clientes conseguiram a tão sonhada assinatura dos famosos. Os seguranças não conseguiram conter a histeria do público, e os integrantes do Calypso foram embora mais cedo do que o previsto. Foi o único jeito de dispersar a confusão. Consumidores que se sentiram lesados protestaram e receberam o dinheiro da compra de volta.

A dupla formada pelo guitarrista Chimbinha e por sua mulher e vocalista Joelma chegou de helicóptero ao Carrefour por volta das 16h20. Já era aguardada por quase mil pessoas, que se empuleiravam dentro da loja para conseguir o autógrafo. Fãs da banda contam que uma fila foi formada, mas que em pouco tempo já era desrespeitada. Para conseguir a assinatura da banda, foi preciso se espremer na multidão e contar com a sorte. Vendo que o público se aglomerar, os artistas encerram a sessão, que terminaria só por volta das 18h, às 17h20.

“A organização do Carrefour foi péssima. Os seguranças não derem conta de conter tanta gente. Por isso a banda ficou tão pouco tempo. Aí a gente ficou indignado. Estamos frustrados”, reclama o metalúrgico José Linhares, que foi acompanhado da filha Letícia, 3 anos, também fã do grupo paraense que mistura forró e música eletrônica. Linhares e seis amigos, além de quatro crianças, voltaram para casa, na Vila Luzita, sem haver sequer chegado perto da dupla. Eles dizem que há semanas planejam a “comitiva” para prestigiar a banda.

O Carrefour alega que o alvoroço dos fãs comprometeu a tarde de autógrafos do Calypso. A loja garante ter devolvido o dinheiro da compra dos CDs e DVDs para 40 clientes – todos que reclamaram na hora da confusão – e que outras reclamações serão analisadas individualmente. O supermercado diz que reforçou a segurança com 25 homens, de empresa particular de vigilância, e pediu ainda ajuda da Polícia Militar. Ninguém ficou ferido com o tumulto. O novo CD da banda – o oitavo do curriculum do grupo – era vendido a R$ 9,90, e o DVD, a R$ 28,90.



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