O estudante da Faculdade de Direito de São Bernardo Diogo Michilini, 23 anos, morreu na sexta-feira durante uma festa de bota-fora promovida por alunos em uma chácara localizada no Jardim Vista Alegre, em São Bernardo.

O universitário, que cursava o quarto ano, estava perto da piscina e caiu de uma altura de aproximadamente sete metros. Ele sofreu traumatismo craniano e morreu na hora. A morte causou comoção no meio universitário da região e chocou a família da vítima, que ficou perplexa com a causa inusitada.

Segundo estudantes que estavam na festa e familiares de Michilini, foi um acidente. O que causou estranheza foram as circunstâncias.

Confraternização - A festa era um bota-fora dos alunos do quinto ano e havia cerca de 100 pessoas. O ingresso custou R$ 20, com direito a churrasco e cerveja. A morte ocorreu às 15h. Pela manhã houve confraternização no pátio da faculdade.

Michilini estava sentado em uma mesa com outros colegas, perto da piscina e de uma mureta de cerca de um metro de altura.

“De repente, do nada, ele disse: ‘Eu vou pular, eu vou pular’. E realmente pulou, para espanto de todos”, contou um participante da festa, que pediu para não ser identificado. As pessoas entrevistadas pela reportagem não souberam responder se o universitário estava alcoolizado ou drogado.

“Depois que eu percebi a queda, dei a volta no barranco para socorrê-lo, mas era tarde demais”, afirmou Vinicius Ferreira, 22 anos, que estudava na mesma classe de Michilini.

“Não queremos arrumar culpados, parece que foi mesmo um acidente. Mas acho que deveria ter mais proteção na área da queda”, comentou Carlos Michilini, tio da vítima.

Meia hora antes de morrer, o universitário conversou por celular com o pai. Eles acertaram os detalhes para uma viagem de uma semana a Natal (RN) no fim de ano. O pai havia fechado a compra do pacote turístico.

“Meu irmão era uma pessoa maravilhosa e a nossa família está arrasada”, disse o estudante Felipe Michilini, 21 anos. A vítima já fazia estágio na área e morava com o irmão e os pais no bairro Taboão. “Ficamos chocados com o que aconteceu. Ele era uma ótima pessoa e amigo de todos no bairro”, contou o analista Thomaz Pacheco, 22 anos.