Passavam cinco minutos da meia noite quando Battisti saiu do presídio com o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que o defendeu desde o início do processo. Os dois seguiram para um condomínio fechado da capital federal. O advogado de Battisti no processo de extradição, Luís Roberto Barroso, afirmou que a primeira coisa que ele quis fazer ao deixar a carceragem foi tentar telefonar para as filhas.
Hoje Barroso vai protocolar no Ministério da Justiça um pedido de visto permanente para Battisti. No momento, o ex-ativista está no País como imigrante ilegal.
Julgamento. Em sessão tensa e longa, os ministros afirmaram que a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negar a entrega de Battisti ao governo italiano é ato soberano e não podia sequer ser analisado pela Corte. E, ao final de uma sessão de aproximadamente seis horas, determinaram a imediata soltura de Battisti.
A sessão de ontem pôs fim a um processo que durou quatro anos, colocou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conflito com o tribunal, gerou uma crise diplomática entre o Brasil e a Itália, motivou discussões ríspidas entre ministros e acusações de que o Judiciário estaria interferindo em poderes soberanos do Executivo e do presidente da República.
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