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Lauro Michels dá puxão de orelha em secretariado
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/04/2013 | 07:31
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Marina Brandão/DGABC


O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), cobrou duramente todo secretariado em reunião no Paço, na terça-feira. O verde exigiu mais empenho do primeiro escalão e determinou que os gestores de cada setor efetuem corte de gastos para que ele consiga efetivar a reposição salarial de 6,87% dada aos servidores.

De maneira enérgica, Lauro avisou a demissão de funcionários dos segundo e terceiro escalões e pediu para cada secretário não acobertar falta de compromisso da equipe comissionada do governo. Segundo o prefeito, cerca de 20 colaboradores serão exonerados até a semana que vem.

Também disse que vai encerrar contrato com diversas terceirizadas que colaboram para que a folha salarial da Prefeitura chegue próximo do limite estipulado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Atualmente a administração municipal trabalha com comprometimento de quase 51% da receita para pagamento com o funcionalismo, sendo que o teto da LRF é de 54%.

"Falei para cortar hora extra, banco de hora, até porque fiz reajuste de quase 7% para os funcionários. Vou honrar minha palavra. Fazendo isso teremos êxito do governo", confirmou o verde.

Comenta-se no Paço que o prefeito estuda fazer análise semestral do trabalho do secretariado e pensa até em desenvolver plano de metas a serem atingidas a cada seis meses. A metodologia foi adotada pelo chefe do Executivo para formulação da lista de exonerações nos segundo e terceiro escalões.

Apesar da cobrança no secretariado, as primeiras alterações nas Pastas vão decorrer de acordos políticos firmados por Lauro para garantir a governabilidade na Câmara. Ele assegurou que o comando de duas secretarias será destinado a PSB, PDT, PMDB, PRB e PR, siglas que estiveram no arco de alianças do ex-prefeito Mário Reali (PT) e que agora o sustentam na Casa.

ZÉ AUGUSTO

Lauro saiu em defesa de seu secretário de Saúde, o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB). O tucano vem sendo duramente criticado pela bancada do PT na Câmara e participa hoje de sabatina com os vereadores para falar sobre os projetos para a secretaria.

"Se o PT tivesse feito 20% do que cobram o Zé Augusto, a Saúde estava bem melhor", atestou Lauro, que questionou a secretária de Saúde na gestão de Reali, Aparecida Linhares Pimenta. Segundo o verde, ela não deixou prontas as atas de registro de preço para compra de medicamentos, ocasionando desabastecimento na rede. "O povo precisa entender que eu não sou o Mário. É um governo diferente."

Ausência em programa do PV irrita chefe do Executivo

O puxão de orelhas do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), não ficou restrito ao secretariado. A deputada estadual Regina Gonçalves (PV), que participava do encontro na terça-feira, também foi questionada pelo chefe do Executivo.

Durante as discussões no gabinete do prefeito, foi levantado o fato de Lauro não aparecer nas propagandas políticas que o PV tem veiculado neste mês. As inserções contam com aparições do presidente nacional da sigla, o deputado José Luiz Penna, do mandatário paulista, Marco Antônio Mroz (cunhado de Regina), além da deputada estadual e da vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento. Todos falam sobre compromissos ambientais do partido, principal bandeira da legenda.

Na reunião, Lauro cobrou participação. "Sou o prefeito da maior cidade que o PV tem e não apareço no programa", chegou a dizer o verde. Ele afirmou que sua ausência tinha sido um erro do partido e que Regina tinha de resolver "o quanto antes". "Se o PV quer um parceiro, precisa ser parceiro", emendou o chefe do Executivo.

 




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