Nada de Liédson, Dentinho ou Jorge Henrique. Os astros de ontem no Corinthians eram os coadjuvantes Willian e Júlio César, heróis da classificação para a final do Campeonato Paulista, conseguida sobre o Palmeiras. O atacante fez o gol do empate, enquanto que o goleiro garantiu a defesa na disputa de pênaltis.

Ontem, os dois eram os mais assediados. Mais experiente, o goleiro relatou o que sentiu ao eliminar o rival. "Foi demais. Queria muito isso e conseguimos", comemorou ao lembrar que sofria na adolescência. "Foi triste, porque na época era muito torcedor. Eu era daqueles de zoar os adversários. Então, você imagina como que era chegar à escola no dia seguinte", relata.

Já Willian herdou apelido de Tupãnzinho, herói do primeiro título brasileiro do clube, em 1990. O novo talismã se mostra à vontade com o apelido. "Lembro do Tupãzinho. Mas não vi muitos jogos. Apenas lembro porque sempre passam lances dele quando falam do Corinthians. Mas antes de pensar nisso (ser talismã), tenho de manter os pés no chão e trabalhar para jogar da mesma maneira, sendo como titular ou entrando no segundo tempo", comentou.

Paciente, o jogador espera pela oportunidade. Destaque do Figueirense na Série B do ano passado, o jogador é reserva imediato de outro ídolo da torcida. "Tenho de continuar trabalhando da mesma maneira, aproveitando bem os treinamentos. O Dentinho tem muita qualidade e, apesar de novo, é um jogador com história no Corinthians. Nossa relação é muito boa", conta o jogador, que participou de 14 jogos e marcou quatro gols pelo Timão.

ATENTO

Apesar do momento de festa, Júlio César fez questão de ressaltar a dificuldade que o Corinthians terá pela frente para vencer o Paulistão. "O Santos é muito bom, tem o Ganso, o Elano, mas o Neymar é o tipo de jogador que você tem de marcar o tempo todo. Não adianta nada você cuidar dele por 89 minutos e largar. Em um minuto ele decide", avalia.