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Após vexame, Timão evita fúria da torcida pela porta dos fundos

Equipe altera rota para escapar de protestos violentos que começaram na madrugada

Da Redação
04/02/2011 | 07:12
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Cerca de 50 torcedores protestaram e picharam muros do Parque São Jorge no início da madrugada de ontem, após a eliminação do Corinthians da Libertadores. Irritados com a derrota por 2 a 0 para o Tolima e a despedida precoce da competição continental, os corintianos deixaram registradas ofensas aos chamados medalhões, em especial a Ronaldo, Roberto Carlos e ao presidente Andrés Sanchez.

Além dos muros avariados, o Timão teve prejuízos no CT do Parque Ecológico, na Zona Leste de São Paulo. Torcedores invadiram o local e quebraram os vidros dos carros de jogadores e de funcionários do clube. Os nomes dos donos dos veículos não foram divulgados pelo Corinthians.

Vidros, para-choques e faróis foram alvos dos vândalos. Atletas e integrantes da comissão técnica deixaram os seus automóveis no Parque Ecológico antes de se apresentar para o embarque do clube à Colômbia."Fico triste pela torcida. A pressão vai ser maior do que já é, não foi a primeira derrota e não será a última", comentou Andrés.

PELOS FUNDOS

A delegação desembarcou na manhã de ontem no Aeroporto de Viracopos, em Campinas. Apenas 15 torcedores estiveram no local para protestar e levaram alguns ovos, mas não viram os jogadores. Ônibus fretado, sem identificação, e quatro carros - dois deles para Ronaldo e Roberto Carlos - pegaram o time na pista. A Polícia Militar fez a escolta da delegação, que saiu por um dos quatro portões e driblou a imprensa.

Os veículos seguiriam para o Centro de Treinamento Joaquim Grava, mas por medida de segurança se dirigiram a um hotel em Barueri, onde os jogadores pegaram táxis e foram para casa.

 

Tite se irrita com dúvidas sobre futuro

 

Após a eliminação na pré-Libertadores, Tite foi bombardeado com perguntas sobre a sua continuidade como técnico do Corinthians e deixou a decisão nas mãos da diretoria.

Sempre educado, o treinador gaúcho demonstrou incômodo com as repetitivas perguntas. "Espero ter de falar só uma vez sobre esse assunto. Vou continuar me doando com minha competência, trabalho e dignidade em busca dos resultados. Quanto à continuidade, só a direção é que pode falar", respondeu.

Tite evitou apontar nomes de quem errou. Ao ser questionado sobre o peruano Luis Ramírez, que entrou logo após o primeiro gol do Tolima e foi expulso na sequência por causa de cotovelada em adversário, o treinador não o criticou publicamente.

"Não sou muito afeito a individualizar. A responsabilidade maior é do técnico. Talvez tenha ocorrido pelo excesso de vontade do atleta. Todos nós tivemos responsabilidades, mas sem individualizar", observou.




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