O futebol amador do Grande ABC já prepara o pontapé inicial dos concorridos campeonatos que voltam a reunir centenas de clubes e milhares de atletas neste primeiro semestre. Um dos torneios mais tradicionais é o de São Bernardo. A Divisão Especial começa no dia 14. Na sequência, virão as demais. O vice-presidente da liga local, Saul Lino de Souza, braço direito de Edwards Neves Neto na entidade, não tem pretextos para reclamar de nada.

Segundo ele, a verba de R$ 230 mil do município é mais do que suficiente para tocar a estrutura prevista. O único problema, reconhece, é corrigir os estragos nos campos em consequência das chuvas intensas que castigam o País todo. "Estamos atentos a isso", afirmou.

Em Santo André, ao contrário, o presidente da liga, José Teixeira Mendes, o Zezão, entende que a redução dos recursos - de R$ 90 mil no ano passado para 75 mil no calendário 2011 - irá comprometer o planejamento já elaborado. "Não queríamos onerar os participantes, mas agora seremos obrigados a compensar tudo na hora das inscrições", avisa.

Zezão alerta que a falta de locais para mandar as rodadas, a partir de abril, é uma das previsíveis dificuldades. O cenário mais adequado, exemplifica, é o Nacional do Parque Novo Oratório. É pouco. O dirigente lembra que seriam necessários pelos menos dez iguais àquele. "Infelizmente, é o nosso maior desafio", assume Zezão que, apesar de tudo, elogia o elevado nível da competição de Santo André. "Demos um basta à violência nos gramados. Aqui, não permitimos que reinasse a impunidade. As eliminações e as pesadas multas aos indisciplinados moralizaram a nossa disputa", orgulha-se o presidente, que aposta, de novo, no indiscutível envolvimento dos torcedores regionais.