O setor de serviços mais uma vez capitaneou a abertura de vagas no Grande ABC, respondendo, em novembro, pela contratação de 2.205 trabalhadores, de um saldo total de 3.306 postos. Comércio aparece na sequência, com 1.104 empregos, e, a indústria, com 473 oportunidades.

Isso é o que aponta pesquisa mensal do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que mensura a criação de trabalho formal em todo o País com carteira assinada.

Na avaliação do diretor do departamento de indicadores sociais e econômicos da Prefeitura de Santo André, Dalmir Ribeiro, novembro é um mês em que não existem mais tantas contratações no comércio, e nem na indústria. Em outubro, para se ter ideia, já havia sido gerado saldo de 473 vagas no comércio. "Com certeza esse deverá ser um Natal excepcional", diz.

Quanto à indústria, esse é um período sazonalmente fraco para o segmento. "A continuidade das contratações sinaliza que a indústria está se preparando para atender eventual necessidade de produtos até o fim do ano, e que o setor já está pensando na reposição de estoques para o início do ano que vem", explica Ribeiro.

Normalmente, entre os meses de novembro e dezembro, as fábricas priorizam a desova de estoques para a formação de caixa. A retomada da produção e, portanto, das contratações, costuma se dar no início do ano seguinte.

Dentre os municípios da região, os que mais se destacaram no período foram São Bernardo, com 1.182 postos de trabalho, Santo André, com 845 e Mauá, com 745.

ACUMULADO - Falta pouco para que 2010 se torne o melhor ano do emprego para o Grande ABC na década. De janeiro a novembro, a região acumula saldo de 48.375 vagas. Até o momento, o posto pertence a 2004, quando 48.890 pessoas foram contratadas.

"Estamos apostando no aquecimento da economia e acreditando que este será o melhor ano. Faltam apenas 515 postos para alcançar o desempenho de 2004. Vale lembrar, entretanto, que tradicionalmente os meses de dezembro terminam com saldo negativo de vagas. Mas, como este ano vem sendo excepcional, o montante deverá ser superado", afirma o diretor.

O setor de serviços também lidera a geração de emprego no acumulado do ano, com 43,2% dos postos (20.917). A indústria abriu 31,7% deles (15.335) e, o comércio, 14,8% (7.178).

A surpresa, segundo Dalmir, está com a construção civil, com 11% das vagas (5.503). "Este foi o ano da construção civil. No acumulado de 2010 haviam sido criados 342 postos e, em 2008, 2.009 oportunidades."

País supera meta de abertura de postos de trabalho

O expressivo número de 2,5 milhões é o registro de trabalhadores que conquistaram empregos com carteira assinada somente neste ano no Brasil. Em novembro, foram gerados 138.247 empregos, crescimento de 0,39% do número de trabalhadores celetistas no País, que chega a 35,5 milhões.

A marca anual alcançada em novembro é inédita para toda a série histórica do Caged, superando em 21% o recorde anterior para o mesmo período, ocorrido em 2008, quando foram registrados 2,1 milhões de postos de trabalho.

O resultado é recorde histórico absoluto e marca o alcance da meta traçada no início do ano pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi. "O Brasil é o maior gerador de empregos formais em 2010 entre os países do G-20; e um dos dois países do mundo onde o salário cresceu acima da média. O ano de 2011 será positivo, com previsão de geração de 3 milhões de empregos no Brasil. Os setores de comércio, serviços e construção civil seguirão fortes, por conta dos projetos de crescimento do País desenvolvidos pelo governo, como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida", comentou Lupi. da Redação