Economia Titulo Reajuste
Centrais sindicais insistirão em salário-mínimo de R$ 580
das Agências
19/11/2010 | 07:30
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O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, mais conhecido como Juruna, disse ontem, em São Paulo, que as centrais sindicais insistirão na proposta de salário-mínimo de R$ 580. Ele participou de reunião para negociar o valor do mínimo com os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.

"Como já foi dito pelo relator do orçamento no Congresso, senador Gim Argello (PTB-DF), há condições de se dar esse aumento", afirmou, em referência à reunião de anteontem durante a qual o parlamentar admitiu que o governo tem margem de manobra e poderia chegar a valor de R$ 570, apesar de a proposta oficial do governo ser de R$ 540.

Embora grande parte dos prefeitos do País seja contra esse aumento, que afirmam não tem condições de repassar ao funcionalismo público municipal, Juruna disse que o governo tem de agradar à população e não apenas aos partidos aliados.

"Isso eu acho que é questão de pressão das centrais sindicais. Eu acho que não basta o governo agradar apenas aos partidos aliados, sem atender a população em geral. Nesse aspecto, eu acho que ainda há condições de negociação", disse. "Acredito que nós deveríamos pensar num número positivo de aumento real, uma vez que quanto melhor o mercado interno, melhor para o País em geral."

APOSENTADOS - De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, no encontro de ontem não foi discutida a proposta de aumento da remuneração dos aposentados que ganham acima do mínimo. "Neste momento, a gente não debate. O combinado é voltar a discutir isso depois", afirmou. O vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse ainda que a entidade pretende negociar o reajuste da tabela do Imposto de Renda com a administração federal.

"Neste ano, 99% das categorias tiveram aumentos que variaram entre 7% e 9%. Com certeza, muitos trabalhadores que estavam isentos do pagamento de IR entrarão na faixa para pagar. Então, queremos uma solução para isso", disse. A proposta da Força é que o reajuste na tabela do IR acompanhe a inflação e fique em torno de 5%.

GOVERNO - No dia em que começaram as negociações formais entre o governo e as centrais sindicais a respeito do reajuste do salário-mínimo para 2011, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, acenou com a possibilidade de se atingir valor intermediário, de R$ 560. "O aumento do salário-mínimo para R$ 560 é o meio- termo. Acho que não ficará em R$ 540", disse Lupi, acrescentando, porém, que a definição se dará no âmbito do Planejamento.




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