Economia Titulo Habitação
Região tem 43% mais crédito imobiliário

A Caixa Econômica Federal destinou R$ 938,9 milhões para a
compra da casa própria na região, de janeiro a 7 de outubro

Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
18/11/2010 | 07:30
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O financiamento imobiliário já pode ser considerado a menina dos olhos das linhas de crédito da Caixa Econômica Federal no Grande ABC. De janeiro até 7 de outubro deste ano, o banco destinou R$ 938,9 milhões para suprir créditos no segmento na região. O valor representa aumento de 43,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram ofertados R$ 656 milhões e 119% maior do que os R$ 428,6 milhões oferecidos em 2008. E se não fosse a falta de imóveis para a nova classe média, certamente a expansão seria ainda maior.

O gerente regional de construção civil da Caixa, José Antônio de Oliveira, afirma que a expectativa do banco é bater R$ 1 bilhão em créditos ofertados até o fim deste ano. A previsão do gerente é que a instituição feche 2010 com 20 mil contratos assinados, 4.500 mais do que o fechado até 7 de outubro deste ano. Segundo ele, o forte ritmo das vendas dos imóveis permite tal teoria. "Vamos fechar o ano com recorde e com nosso melhor resultado no setor. Temos mais dois meses de financiamento com R$ 938,9 milhões já ofertados", diz.

O recurso fornecido até aqui permitiu que 15.559 contratos fossem fechados com imóveis novos e usados. Todos os empréstimos são compostos pelos recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) destinados ao financiamento de programas sociais de aquisição à casa própria

A maioria do crédito imobiliário para a região, R$ 621,4 milhões, é proveniente do SBPE. O montante cresceu 57,7% em relação ao liberado no mesmo período de 2009, cerca de R$ 394 milhões.

O gerente explica que, com a alta dos imóveis na região, muitas famílias optam pela modalidade para conquistar o valor máximo de financiamento permitido para sua faixa de renda. "Isso é uma característica do consumidor e não foge disso no imóvel também. Sempre procuramos o de melhor padrão e localização", conta.

Entre janeiro e outubro deste ano, ainda foram retirados R$ 305,8 milhões do FGTS, 17,7% mais do que no ano passado, além dos R$ 11,6 milhões concedidos pelo FAR.

Oliveira atesta que, com o boom imobiliário deste ano, o Grande ABC ganhou ainda mais destaque pela proximidade com a Capital e que o crescimento desse tipo de crédito para a região deve seguir forte no próximo ano. "Vou ser ousado, mas no ano que vem vamos bater recorde. O mercado continua muito aquecido", avalia.

Apesar da perspectiva, a falta de terrenos já começa a comprometer o andamento de obras. "Quando converso com construtoras, percebo que o dificultador é a questão de áreas. Há muita demora para negociar terrenos, o que atrasa projetos."

 

EXPANSÃO

Com grande população com renda de até seis salários-mínimos, o gerente avalia que os imóveis de até R$ 130 mil - que permitem subisídio do programa Minha Casa, Minha Vida - devem vir forte para a região a partir do ano que vem. "Com a chegada do PAC 2, muitos recursos não serão disponibilizados nesse setor. Hoje, já atendo um construtor por semana de olho nisso na região."




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