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Varejo contesta cobrança de taxa de 2% em cartão
10/10/2010 | 07:49
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A nova briga dos comerciantes com a indústria de cartões de crédito e débito é a cobrança da taxa de 2% sobre o valor do bem adquirido pelo consumidor com o dinheiro de plástico nos pagamentos à vista. O que os varejistas desejam é que o pagamento pelo uso do cartão de débito seja fixo como tarifa, e não taxa, conforme ocorre atualmente.

O pedido de modificação foi feito à associação do setor, que imediatamente negou a possibilidade, segundo o presidente da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes e Lojistas), Roque Pellizzaro Júnior.

Os comerciantes também acionaram o Banco Central , que teria prometido avaliação sobre o tema. "Muitos países já operam dessa forma", comparou Pellizzaro Júnior.

A alegação do setor é a de que o custo da transação para a operadora é o mesmo independente do valor do bem adquirido. O presidente da CNDL observou também que, no uso do cartão de débito, o dinheiro sai da conta do consumidor na hora, mas o pagamento só é feito ao lojista dois dias depois, com a cobrança de taxa de 2%.

Pellizzaro Júnior disse ainda considerar uma "aberração" o governo permitir que o juro do crédito rotativo dos cartões chegue a 600% ao ano.

"Por isso estamos pedindo a inclusão de divulgação de taxas de juros dos cartões também, e não só das tarifas", disse, referindo-se ao estudo do BC para tornar mais transparente a indústria de cartões.

Para ele, dificilmente a regulamentação dos cartões de acordo com proposta já encaminhada, sairá este ano. O BC havia mencionado a possibilidade de já tratar do tema na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) de setembro, mas isso não ocorreu. "Deve ficar para 2011, pois o processo eleitoral se estenderá até novembro, e dezembro é um mês que não existe", brincou.




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