Política Titulo Casa Civil
Dilma concorda com corte de parentes e amigos de ex-ministra
23/09/2010 | 08:48
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A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem que é a favor da demissão de todas as pessoas que tenham sido empregadas pela ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra pelo critério de parentesco e amizade. "Não sou a favor da indicação de parentes e de amigos. Se houve, sou a favor (da demissão)", disse a ministra durante entrevista coletiva, lavando as mãos a respeito do caso Erenice.

Dilma, que na terça-feira havia negado ser a responsável pela nomeação de Erenice Guerra para a Casa Civil, admitiu que a levou para o Ministério de Minas e Energia, do qual foi titular de 2003 a 2005. Mas ela procurou negar vínculos de amizade com Erenice.

"Não indiquei Erenice porque ela era minha amiga. Indiquei Erenice porque ela era uma pessoa que conheci na transição, uma pessoa do setor elétrico, uma advogada competente nessa área. E trouxe ela para o ministério (de Minas e Energia) a partir da transição. Ela compunha o grupo de energia da transição do presidente Lula. Ela foi uma militante histórica do PT no Distrito Federal." Erenice Guerra foi demitida da Casa Civil no dia 16 depois de denúncias sobre supostamente ter transformado a Pasta numa central de tráfico de influência e de lobby por parte de Israel Guerra, seu filho. Ela foi levada para a Casa Civil por Dilma e lá foi o braço direito da candidata até abril, quando assumiu o ministério.

Apesar de buscar distância do escândalo envolvendo Erenice, Dilma pediu calma quanto ao assunto, para que a ex-ministra da Casa Civil não seja "condenada por antecipação". Ela disse que durante três meses sua campanha foi acusada de ter violado o sigilo fiscal de tucanos e, agora, começa-se a chegar à conclusão de que não houve nada disso.

"Fui acusada por três meses, bombardeada de tudo que é jeito. Agora, aparece uma moça que diz - e a investigação (da Polícia Federal) demonstra - que vendia (informações), para quem vendia e por quanto vendia. A relação com minha campanha inexiste. E aí eu pergunto: quem é que paga meu prejuízo por isso? Chegaram a pedir a cassação de minha candidatura no (TSE) Tribunal Superior Eleitoral."




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