Economia Titulo Queda
Juros têm taxa média de
5,4%, a menor desde 1995

Número equivale à média de diversas linhas de crédito;
cartão e cheque especial seguem com percentuais altos

Yara Ferraz
Especial para o Diário
16/04/2013 | 07:00
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A taxa básica de juros à pessoa física nunca foi tão barata desde 1995. É o que afirma a pesquisa de juros da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), referente a março. A taxa média ficou em 5,4%, menos 0,02 ponto percentual do que o índice de fevereiro.

O número equivale à média de juros de diversas linhas de crédito. Segundo o vice presidente da Anefac e autor da pesquisa, Miguel José Ribeiro de Oliveira, o percentual é influenciado por uma série de fatores, além da inflação. "O custo de capitalização alto, a taxa Selic, a inadimplência e o ganho do banco, são alguns desses itens. A tendência é que eles sejam reduzidos e, consequentemente, as taxas também", disse.

Os juros mais baratos são os dos financiamentos para automóveis, que estão em 19,84%, no ano. Apesar de se manter estável, em relação ao mês passado, o cartão de crédito ainda é o maior vilão do bolso do consumidor, com a taxa de 192,94% ao ano. A diferença entre empréstimos pessoais em bancos e financeiras também é grande, de modo que o primeiro tem juros de 41,09% ao ano e, o segundo, em 122,21%.

Para Oliveira, o cartão de crédito é considerado ruim dependendo de como é utilizado pelo consumidor. "Apesar da taxa, que chega quase a 200% ao ano, ele é um bom instrumento de crédito por disponibilizar até 40 dias para o pagamento, desde que o valor da fatura seja pago no vencimento", declarou.

De acordo com o vice presidente da entidade, a linha de crédito recomendada é o empréstimo consignado, por oferecer "baixo risco ao banco e taxas menores ao consumidor". Ainda segundo a pesquisa, o crediário tem média nacional de 4% ao mês - 60,10% ao ano. São Paulo tem a menor taxa, entre as sete capitais pesquisadas, com 3,86% ao mês e 57,54% ao ano.

PESSOA JURÍDICA - Já em relação às taxas referentes à pessoa jurídica, houve estabilidade nos percentuais, apenas uma sofreu aumento. Dos três itens considerados para a média mensal, apenas o desconto de duplicata teve elevação, passando de 2,18% ao mês para 2,22%.

A conta garantida teve redução, saindo de 5,5% para 5,46% mensais, e o capital de giro caiu de 1,51% para 1,49%. A taxa do capital de giro e os descontos em duplicatas são as maiores desde novembro de 2012. Já a da conta garantida é a menor desde fevereiro de 2011.

 

 




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