O aumento da renda familiar, a queda do desemprego e a maior oferta de crédito no mercado impulsionaram em abril, pelo quarto mês consecutivo, o mercado de imóveis usados em todo o Estado de São Paulo.

Divulgado ontem, levantamento mensal organizado pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), realizado com 1.530 imobiliárias em 27 cidades, registrou alta de 21,66% ante março.

Ao todo, foram negociados 1.379 imóveis em abril, contra 1.139 no mês anterior. O maior resultado foi observado no interior de São Paulo, com aumento de 47,67% frente a março, seguido pela capital, com 27,13%. A única região que apresentou queda foi o litoral paulista, com baixa de 15,24%.

O presidente da Creci-SP, José Augusto Viana Neto, explica que é natural nesta época do ano leve movimento de queda na venda de residências praianas, por conta das baixas temperaturas. "As temperaturas mais frias do outono marcam o início da sazonalidade que caracteriza o mercado litorâneo entre o início e o fim da temporada de verão", justifica.
O levantamento da entidade mostra que os apartamentos foram a modalidade mais negociada em São Paulo, correspondendo a 53,95% do total.

Na capital, imóveis de valor superior a R$ 200 mil representaram 50,14% do total vendido. No litoral, a faixa líder em vendas (56,25%) foi a dos imóveis com valor até R$ 140 mil.

No interior, as residências mais comercializadas foram aquelas com preços médios até R$ 160 mil, representando 55,01% do total.

No que diz respeito ao total de contratos de aluguel em São Paulo, o índice caiu. Ao todo, foram alugadas 3.412 residências, uma queda de 15,79% em relação a março, quando foram alugados 4.014 imóveis.