Hoje, Dunga vai calar a boca dos milhares de urubus que estão secando a nossa Seleção. O Brasil vai dar um show de bola e mostrar a todos os pessimistas que a disciplina adotada pelo treinador é a mais correta e eficiente para quem almeja ser campeão do mundo. Está certo o treinador: ordem, regras e patriotismo. Esta é a seleção dele. A minha também.

Os jornalistas passaram as últimas semanas descendo a lenha no treinador, espinafrando cada convocado e prognosticando até onde o time chegará na África do Sul. Tudo chutômetro, porque ninguém viu o que foi treinado, nem como e nem com quem. Despeitados porque ficaram de fora da concentração, os repórteres e, principalmente, os comentaristas só sabem descer a lenha no Dunga, no Jorginho e na cartilha imposta aos atletas. A imprensa está tão mordida que inventa até arranca-rabo entre jogadores. Coisa de treino, mas os jornalistas gostam de aumentar para ter o que escrever.

Sabe o que eles queriam? Outra seleção malandra, com fugas madrugada adentro, esbórnia, bebedeira. Queriam Adriano e suas loucuras, o imaturo Neymar e o frangueiro Rogério Ceni. O grupo representa o País. Tem de ser submetido à disciplina.

Tem de ficar trancado mesmo, se comportar direitinho, se emocionar com o Hino Nacional. E nada de sexo na África do Sul. Eles estão aqui para jogar bola, e não para satisfazer os prazeres da carne. Aplaudo a proibição de família na concentração. Carinho e atenção só com a jabulani, mais ninguém.

É isso ai, Dunga, aprovei seus convocados. Eu acredito nesta Seleção. Vamos trazer o caneco, sim. Com Jorginho, o ex-capitão do Brasil tem o time na mão. Ele tem personalidade e, ao contrário dos treinadores que passaram pelo comando da Seleção Canarinho, não se curva à pressão e nem se rende à legião de palpiteiros que, lembrem-se disso, no fim da tarde de hoje estará aplaudindo a atuação dos disciplinados de Dunga. Porque vai ser goleada!

Qual o time que entra em campo hoje pouco importa. Qualquer um dos escalados dará o máximo de si, honrando a camisa que veste e o técnico que os comanda. Obediência e disciplina acima de tudo. A atual Seleção Brasileira é assim, por isso incomoda tanto jornalistas e ex-jogadores, que adoram escândalos. Eu acredito em Dunga. E defendo o treinador.

Luiz Cordeiro, 56 anos, é publicitário, morador em São Bernardo, e fanático pelo futebol brasileiro e pelo estilo Dunga de dirigir a Seleção. Desde 1970 acompanha o Brasil em todos os campeonatos mundiais