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Duelo na Vila vira clássico 'diplomático'

É como se os dois lados combinassem o mesmo para evitar a desnecessária guerra de palavras antes do clássico

Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
18/04/2010 | 08:00
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É como se os dois lados combinassem o mesmo para evitar a desnecessária guerra de palavras antes do clássico de hoje na Vila Belmiro. Às 16h, Santos e São Paulo começam a decidir uma das vagas na finalíssima do Campeonato Paulista. Os donos da casa defendem a vantagem de um gol. Os tricolores, engasgados pelos 3 a 2 do Morumbi, prometem recorrer a tudo para reverter a diferença no território alvinegro. A exemplo dos anfitriões do Litoral, não mandam provocações.

De um lado, a figura sempre diplomática de Dorival Júnior. De outro, o igualmente polido Ricardo Gomes. Sobra respeito de lá e de cá. Isso fica bem claro nas entrevistas. Mas ninguém aceita nem de longe a incômoda ideia de tropeçar logo no último round que pode levar um deles à briga pelo título estadual diante do Santo André ou do Grêmio Prudente.

Na semana passada, ao contrário, os discursos da irreverente garotada santista humilharam a turma rival visivelmente ferida pelo tropeço em circunstâncias desfavoráveis. Como a expulsão de Marlos ainda no primeiro tempo da primeira batalha.

Até o presidente Juvenal Juvêncio entrou no bate-boca para esquentar os ânimos. Ele nunca perde a chance de ironizar todo mundo que o desafia. O polêmico supervisor Marco Aurélio Cunha também não deixou barato. Aos poucos, porém, ambos resolveram mudar de comportamento e sentiram que aquela não seria a estratégia mais adequada e racional no instante, quem sabe, de revidar o resultado ruim nas complicadas circunstâncias em que tudo aconteceu.

Dorival Júnior se põe como referência aos comandados. Ele sugere redobrados cuidados na hora de reencontrar o rival que reaparece disposto a matar ou morrer. Tanto é que o comandante rebate o favoritismo atribuído ao Santos e distribui confetes ao esquema ofensivo de Ricardo Gomes. "Os números mostram que estamos na frente deles. Mas não diria que somos tecnicamente superiores. Do goleiro (Rogério Ceni) ao último atacante, não tenho como criticar nada. É respeitá-los como uma das melhores equipes do futebol brasileiro", prega.

Ricardo Gomes devolve os elogios aos bons inimigos, mas, sem meias palavras, acredita na superação como arma para resgatar a esperança de conquistar o troféu. "Eles exploram um estilo baseado nas inversões e na velocidade, mas a nossa luta recomeça. São mais 90 minutos", lembra. (com Agências)




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