Setecidades Titulo Tráfico
Contabilidade do crime organizado é localizada
Tiago Dantas
Do Diário do Grande ABC
20/03/2010 | 08:37
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A prisão de uma mulher acusada de tráfico de drogas na última quinta-feira levou a Polícia Civil de Mauá até um arquivo de contabilidade do crime organizado. No meio da papelada, investigadores da Delegacia Sede do município encontraram um documento que parece assegurar a filiação de um homem ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

O papel se assemelha a uma certidão de batismo. No rodapé da página, está a assinatura de Jorge Humberto Abreu Lima, preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na Capital, por homicídio, tráfico de drogas e roubo. Acima do nome de Lima, há nomes de outras duas pessoas, identificadas como padrinhos. O nome da facção está no cabeçalho, acima do estatuto do grupo.

A contabilidade do crime organizado estava guardada dentro de uma cômoda na casa da doméstica Luciana Bricks, 32. Os policiais civis chegaram até a mulher após receber denúncias anônimas de que o imóvel localizado na Rua João Paulino de Faria, no Jardim Zaíra, servia para distribuir drogas.

A acusada admitiu que era ex-mulher de Lima, o homem que assina o atestado de filiação ao PCC, e alega que ele seria o dono dos documentos. Luciana também negou a propriedade das 263 gramas de cocaína apreendidas em um terreno vizinho à sua residência.

Em uma folha com o título "levantamento do caixa geral da unidade", há uma descrição de passagem de comando: "Quando o nosso irmão Beto assumiu a geral na data 12/09/08, pegou na mão do nosso irmão Luciano o valor de R$ 31.322." Em outro texto, está escrito que "foi retirado R$ 3.500 do caixa geral para fazer o enterro do nosso irmão Tadeu."

Os documentos falam, ainda, de depósitos bancários e da entrada de cocaína em presídios do Estado - R$ 20 a grama. A Delegacia Sede de Mauá afirma que continua investigando o caso.




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