Até o fim do semestre, as cinco estações meteorológicas de Santo André devem estar funcionando. A compra dos equipamentos foi anunciada pela Prefeitura em novembro. A previsão inicial era de que as primeiras medições começassem a ser feitas no mês seguinte, caso a licitação terminasse rapidamente.

Como o processo licitatório foi concluído apenas na primeira semana de fevereiro, o prazo foi ampliado para junho. Os equipamentos utilizados nas estações meteorológicas serão doados pela iniciativa privada. Já a instalação e o gerenciamento serão responsabilidade do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

O custo do projeto é estimado em R$ 500 mil. Com as informações levantadas pelas estações, será possível organizar ações para evitar enchentes e operações de emergência em caso de chuvas fortes. Os equipamentos permitem medir índice pluviométrico (quantidade de chuva), temperatura, umidade do ar, direção e velocidade do vento, pressão atmosférica, radiação solar e nível de calha de córregos e rios.

O Rio Tamanduateí e os córregos Guarará, dos Meninos e Oratório são alguns dos pontos que receberão monitoramento das novas estações. Os dispositivos serão instalados na ETA (Estação de Tratamento de Água) do Guarará, no piscinão AM-3, localizado no Córrego dos Meninos, em um ponto da Vila Curuçá e nos reservatórios de água do Camilópolis e do Paraíso, segundo informa o Semasa.

LEITURA DE DADOS - O professor do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Kurt Amann lembra que, além de instalar os equipamentos, é importante também ter profissionais capacitados para operá-los. "Tem de haver alguém para fazer a leitura dos dados constantemente e para interpretá-los. A partir daí, pode-se emitir sinal de alerta para possibilidade de chuva.", afirma.

Além da possibilidade de emitir alertas, o sistema poderá ajudar obras projetadas a longo prazo. "Os dados podem ajudar a montar uma curva de chuva histórica, o que será usado, por exemplo, na construção de piscinões, para ajudar a determinar as capacidade deles", diz Amann.