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Carnaval está no sangue de artista
Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
09/02/2010 | 07:57
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De folião a fundador da escola de samba Tradição da Ponte, campeã do Carnaval 2009 em São Caetano. Foi esse o rumo que tomou a vida de Adilson de Andrade, 54 anos, mais conhecido como Mug.

"Desde os 5 anos desfilo em escolas. Meus pais sempre gostaram e incentivaram eu e meus irmãos a participar da festa. Com o passar do tempo fui me apegando ainda mais à comemoração. Há dez anos, em uma conversa de bar com amigos, também apaixonados por Carnaval, surgiu a ideia da criação da nossa própria escola, a Tradição da Ponte", conta Mug, emocionado.

Não é só Mug que é apaixonado. Toda sua família - mulher, filhos e até parentes mais distantes, que somam dez pessoas - está empenhadas nos preparativos da escola até o dia tão esperado na avenida. "Tento passar a mensagem dos meus pais. E vejo que isso está no sangue", diz o artista.

Além de fundador, Mug cuida da harmonia da escola e é responsável pelos carros alegóricos. "Recebo a estrutura em isopor e sou encarregado por tudo desde um pequeno adereço até o resultado final", se orgulha ao falar da escola que já foi campeã quatro vezes. O gosto pela arte plástica vem desde pequeno. " Sempre tirava notas boas nas aulas de desenho".

Mesmo faltando tão pouco para o Carnaval, ainda há trabalho para Mug, que se mostra confiante."Vamos conseguir. É só torcer para que as chuvas que vêm causando estragos nos últimos meses não prejudique a escola", acredita.

PAIXÃO - A costureira Maria Aparecida Motta, 55, uniu suas duas paixões: a costura e o Carnaval. Há 20 anos, Maria produz fantasias para escolas de samba, de São Paulo e de São Caetano. "Desde a criação da Tradição da Ponte faço as roupas e há dois anos elaboro todas as peças, que neste ano somam 400", diz. A costureira começou a fazer as peças há um mês e conta com a ajuda da filha Camila Motta, 27, e outras ajudantes no ateliê localizado na divisa de São Bernardo com São Paulo.

Mesmo sendo apaixonadas pelo Carnaval, mãe e filha preferem dedicar todo o tempo para as fantasias. " No dia do desfile, eu vou na avenida e fico junto com a escola só observando para que nenhuma roupa rasgue ou algo dê errado", diz Maria. " Vou nos ensaios, nas comemorações, mas nunca desfilei. Prefiro priorizar na elaboração das fantasias para que as pessoas estejam bonitas e felizes na avenida", fala Camila.

Enredo contará os dez anos da agremiação

Com o enredo Dez anos de Emoção, Samba e Alegria, a Tradição da Ponte levará para a avenida um pouco da trajetória da escola. A ideia e relembrar os temas que foram mostrados pela agremiação nos desfiles anteriores. "O público perceberá que cada ala vai representar o enredo de cada ano", explica o presidente Milton Pereira Júnior, conhecido como Miltão.

Serão 400 componentes distribuídos em dez alas, além dos 100 envolvidos nos preparativos para o Carnaval. A bateria é o grande aposta da escola que vem com 60 componentes. "O Carnaval do Grande ABC está crescendo e, por isso, queremos enaltecer essa cultura brasileira. O público verá isso no nosso desfile", explica Miltão.

A agremiação levará para a avenida três casais de mestre-sala e porta-bandeira e um casal mirim.

A escola será a última a desfilar na Avenida Guido Aliberti no dia 13. Quem quiser conferir o ensaio pode comparecer hoje, quarta e quinta, a partir das 19h, no Clube São José (Estrada das Lágrimas, 90, em São Caetano).BG




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