O IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade), que mede a inflação de famílias compostas por indivíduos com mais de 60 anos, encerrou 2009 com alta de 4,09%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

O índice é superior ao registrado pelo IPC-BR (3,95%), que mede a variação dos preços para o conjunto da população. No entanto, ficou abaixo da variação de 2008, com 6,35%.

No ano passado, os gastos que mais pesaram no bolso da população da terceira idade foram com plano e seguro saúde (alta acumulada de 5,15%). Outros itens também pressionaram o indicador: aluguel residencial (6,87%), tarifa de eletricidade residencial (5,44%), empregada doméstica mensalista (9,11%) e açúcar refinado (59,59%).

Por outro lado, os itens que impediram um acréscimo ainda maior do IPC-3i foram: passagem aérea (-25,37%), tomate (-21,37), feijão carioquinha (-31,76%), arroz branco (-14,84%) e leite longa vida (-6,10%).

Quarto trimestre – Já no quarto trimestre de 2009, a inflação para a terceira idade ficou em 0,51%, contra 0,86% nos três meses anteriores. No período, as principais contribuições para a desaceleração partiram dos grupos Alimentação (0,60% para -0,51%), Habitação (1,59% para 0,95%) e Despesas Diversas (1,08% para 0,38%). Os destaques foram: frutas (16,14% para -3,30%), tarifa de eletricidade residencial (4,37% para 1,26%) e mensalidade para TV por assinatura (3,49% para 0,66%) respectivamente.

Em contrapartida, as categorias Vestuário (-0,44% para 2,13%), Transportes (0,77% para 1,76%), Educação, Leitura e Recreação (-0,44% para 1,00%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,63%) registraram acréscimos em suas taxas de variação. Vale citar o comportamento dos itens: roupas (-0,80% para 1,93%), álcool combustível (8,65% para 16,33%), passagem aérea (-5,30% para 7,83%) e medicamentos em geral (0,06% para 0,24%), nesta ordem.