Setecidades Titulo Habitação
Obras de urbanização no
Sítio Joaninha emperram

Os serviços estão parados há seis meses e retomada das obras
depende de uma licença ambiental que é emitida pela Cetesb

Cadu Proieti
do Diário do Grande ABC
04/04/2013 | 07:00
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As obras para urbanização do Sítio Joaninha, a área mais precária de Diadema, emperraram. Ontem, o prefeito Lauro Michels (PV) anunciou que os trabalhos de infraestrutura urbana no bairro, que tiveram início em setembro do ano passado, estão paralisados há seis meses. Como a retomada das intervenções depende de licença ambiental emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), ainda não existe previsão para retomada dos trabalhos no local.

De acordo com o chefe do Executivo, problemas para apresentação do projeto executivo, demarcação do limite da área que receberá as intervenções, regularização fundiária do lote e atraso no pagamento da empresa contratada também são motivos para a paralisação.

O projeto, que foi bastante divulgado pela gestão anterior, recebe investimento de R$ 22 milhões, sendo R$ 8 milhões contrapartida municipal e o restante oriundos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A primeira etapa das intervenções, que está parada, prevê melhorias de infraestrutura, como pavimentação, ligações de água e esgoto, drenagem, contenção de encostas e eliminação de áreas de risco. Todos esses trabalhos custarão cerca de R$ 7 milhões. "É impossível falarmos em data porque dependemos do Estado.

Assim que o documento sair, reiniciaremos as obras. Depois de tudo liberado, o prazo para finalizar a primeira fase é de 18 meses", disse o chefe do Executivo.

Já a segunda etapa do programa, que receberá R$ 15 milhões para a edificação de 200 moradias e melhorias em outras 320 existentes, não tem prazo para ser iniciado. "Estamos nos organizando antes de falar qualquer coisa. O que eu disser, farei. Assim que tivermos as datas, vamos divulgar", afirmou Michels. A previsão inicial era começar esses trabalhos ainda no primeiro semestre deste ano. A promessa era entregar todo o projeto em 2015.

Enquanto o impasse sobre a urbanização no bairro não se resolve, a população local continua vivendo em condições precárias. "Vejo isso como falta de respeito às famílias que moram aqui. Se o projeto não tem continuidade é porque está havendo descaso com a gente. Vivemos sem água, luz e escola, esperando essas obras há muito tempo", disse Erondino Cardoso dos Reis, 55 anos, conhecido na região como seu Dino, um dos líderes comunitários do Sítio Joaninha.

OUTRAS OBRAS

Segundo o secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Eduardo Monteiro, no início do ano 21 obras com verba do governo federal estavam paralisadas na cidade, sendo que três  foram retomadas. "Temos contratos assinados. Então, precisamos acertar as contas para ter fôlego financeiro e continuar os trabalhos, porque alguns projetos estão parados por falta de pagamento. A nossa gestão quer fazer obra e entregar habitação. Não tenho interesse em ficar contando os trabalhos que foram parados, mas entregar o que foi planejado", disse.




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