Política Titulo Na contramão
'Foi criado para fazer política; será um negócio', diz Gilberto Costa sobre Consórcio
Loli Puertas
Do Diário do Grande ABC
03/12/2009 | 08:01
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A mudança do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC para entidade de direito público, apesar de ter sido aprovada pelas sete câmaras municipais da região, não agrada a todos os parlamentares.

Dos 108 vereadores, apenas Gilberto Costa (PP) de São Caetano não votou. Depois de dar declarações ácidas sobre a mudança da entidade, o vereador preferiu declinar do direito de votar. Em 13 de novembro, quando a propositura foi para votação na Câmara de São Caetano, o parlamentar não compareceu, segundo informou a assessoria de imprensa da Câmara.

Em entrevista ao Diário, na época da votação, Gilberto afirmou que não concordava com a finalidade da mudança do consórcio. Para o vereador, o órgão foi criado para fazer política. "O consórcio vai passar a contratar pessoas e realizar obras. Vai se tornar um negócio", declarou.

Na ocasião, Costa chegou a indagar qual seria a necessidade do novo formato e concluiu que seria, um ‘cabide de empregos'.

Na Câmara de Mauá, o projeto de lei passou pela primeira discussão com algumas condicionais dos quatro vereadores da oposição, sendo aprovado por unanimidade na segunda discussão sem restrições.

Um dos vereadores que colocou condições foi Manoel Lopes (DEM) de Mauá. Ele se diz favorável à mudança do consórcio,mas fez ressalvas à forma como o projeto de lei foi aprovado. "Foi exatamente como chegou do consórcio, sem alterações. E os parlamentares ficaram sem nenhum espaço na entidade".

O democrata na época propôs ao presidente da Câmara de Mauá, Rogério Santana (PT), emenda para a criação de conselho fiscal formado por vereadores dos sete municípios. "A função seria fiscalizar e acompanhar as ações do consórcio". O democrata diz que não compete aos vereadores administrar o consórcio, mas não concorda com a total ausência de participação dos legislativos regionais. "Perdemos a oportunidade de exercer e ampliar discussão entre as câmaras", disse.

O democrata também não concorda com a questão do novo modelo em poder receber funcionários comissionados."Minha proposta era apenas funcionários efetivos", concluiu Manoel.




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