Cultura & Lazer Titulo Gastronomia
Receitas que transformam vidas
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
29/11/2009 | 07:10
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Uma garfada em um sole meunière (prato à base de peixe) fez com que Julia Child decidisse dedicar a vida à gastronomia na década de 1950. Cerca de 50 anos depois, Julie Powell folheou uma antiga edição do livro escrito pela quase xará. A descoberta deflagrou uma revolução pessoal em meio a sabores e aromas. Esse é o mote do longa Julie e Julia, em cartaz em São Paulo, baseado na história real dessa dupla.

No filme de Nora Ephron,Meryl Streep é Julia. Ela poderia ser apenas mais uma dondoca que vivia à sombra do marido bem-sucedido, adido cultural na França na década de 1950. Mas Julia escolheu viver com paixão, refletida nas iguarias que experimentava ou cozinhava, de início de maneira bastante atrapalhada. Ela foi a primeira norte-americana a frequentar a famosa escola de culinária Le Cordon Bleu.

De volta a seu país, publicou em 1961 Mastering the Art of French Cooking. A obra fez um estrondoso sucesso e a chef ganhou um programa televisivo. O best-seller também provocou sensível mudança de comportamento nos hábitos alimentares norte-americanos. Até então, os enlatados imperavam.

Julie (Amy Adams) vivia insatisfeita com seu trabalho burocrático em uma Nova York que vivia o trauma pós 11 de setembro. Depois de encontrar um exemplar de Mastering the Art of French Cooking na casa da mãe, ela se colocou como desafio cozinhar todas as 524 receitas da obra ao longo de um ano. Detalhe: não tinha intimidade alguma com as panelas. A experiência foi relatada em um blog que bombou em 2002 e se transformou em livro em 2005. Um ano antes de Julie & Julia: My Year of Cooking Dangerously, chegar às livrarias, Julia morreu. As duas não chegaram a se conhecer.

Para o filme, tanto Amy quanto Meryl meteram literalmente a mão na massa. Toda a comida que sobrava nas filmagens - tudo era cozinhado de verdade - era distribuída entre a equipe.




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